Se já não bastasse o mal estar causado pela eliminação da seleção brasileira para a Alemanha, após a trágica goleada por 7 a 1 no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, promoveu um desconforto com o ex-lateral-direito Cafu, pentacampeão mundial com a Seleção.

Querendo conversar com os jogadores brasileiros após a eliminação, Cafu dirigiu-se ao vestiário da Amarelinha para consolar os atletas, mas não conseguiu entrar no local, pois foi barrado por Marin. Sobre a confusão, Cafu revelou que o mandatário da CBF não queria pessoas estranhas.

"O presidente José Maria Marin disse que não queria nenhuma pessoa estranha no vestiário. Eu coloquei que não sou uma pessoa estranha, só estou aqui para dar um abraço nos meninos e dar um carinho e um conforto para eles, não quero falar mais nada. Só vim aqui porque nesse momento os meninos precisam de apoio e foi isso que eu fui fazer no vestiário. Fiquei surpreso quando fui praticamente expulso do vestiário porque o Marin disse que não queria ninguém estranho lá. Eu, humildemente, me retirei do vestiário" disse o ex-jogador à Rádio ESPN.

Presente na final da Copa do Mundo de 1998, quando a Seleção foi derrotada pela França por 3 a 0 na final, Cafu afirmou que só queria demonstrar apoio aos jogadores da Amarelinha.

"Senti na pele em 1998 o que é uma derrota em Copa do Mundo. Eu sabia que os meninos precisavam naquele momento de um conforte e um carinho. Não fui lá para me promover porque não preciso disso. Fui para dar um abraço no Felipão e no Parreira, como eu fiz", finalizou.

A Seleção volta a campo no próximo sábado (12), para tentar apagar a derrota na disputa entre o terceiro e quarto lugar, contra Argentina ou Holanda, no Estádio Nacional de Brasília, no Distrito Federal.