31/05/2014 - 14:37
Redação
João Pedro Stédile, fundador e ideólgo do MST, não distingue os projetos eleitorais de Dilma Rousseff e Eduardo Campos. “As eleições também não representam mudanças estruturais na política institucional. Ganhe quem ganhe, continuará tudo igual”, afirma. Quanto a Aécio Neves, Stédile continuará tudo igual”, afirma. Quanto a Aécio Neves, Stédile considera-o intolerável: “Só espero que não ganhe o Aécio, porque aí seria uma guerra.”
O líder dos sem-terra diz não ter “muita expectativa” de que a reforma agrária vire um tema da campanha eleitoral. Por quê? “A candidatura Dilma e a candidatura Eduardo e Marina são candidaturas alternativas de um mesmo projeto: o neodesenvolvimentismo, cujos parâmetros estão bloqueados e não resolveram os problemas estruturais.” E quanto a Aécio?
“A candidatura Aécio seria o fim do mundo, a volta do modelo neoliberal, a candidatura mais claramente vinculada ao capital financeiro e das multinacionais, tanto que ele já anunciou que vai privatizar a Petrobras e dar independência ao Banco Central. E ainda que é o único legítimo representante do agronegócio! Então, mesmo as duas candidaturas mais fortes que vão disputar as eleições, não têm como propósito recolocar a questão da reforma agrária.”
Stédile fez essas declarações numa entrevista a Patricia Fachin e Luciano Gallas. Veiculada originalmente no portal do Instituto Humanistas Unisinos, a conversa foi ecoada na web pelo próprio MST. Nesta sexta-feira, foi reproduzida também no site de um grupo do PT chamado ‘Articulação de Esquerda’. Que fez questão de realçar no cabeçalho “sua total divergência” em relação à tese de que “as candidaturas Dilma e Eduardo-Marina representem ‘o mesmo projeto’.” É caso de terapia.
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