Em mensagem trocada com Moisés Campos, ex-chefe de segurança da Seleção Brasileira na Copa de 1994 – crítico ferrenho de Ricardo Teixeira – o senador Álvaro Dias não poupou palavras para criticar a Copa do Mundo no Brasil e os dois presidentes responsáveis por sua realização, Lula e Dilma Rousseff.

Trata-os como irresponsáveis, dizendo, ainda, que a FIFA está amargamente arrependida de realizar o torneio por aqui, e que, em seus bastidores, teme que o mundial possa ser o pior de todos os tempos.

Bem diferente do lema “Copa das Copas”, que o Governo tenta introduzir, a fórceps, na cabeça da população.

O senador aborda também os superfaturamentos, atrasos nas obras, entre outros assuntos.

Confira abaixo:

“Além, deste problema, meu caro Moisés Campos, outros mais graves marcam esse período pré-Copa do Mundo no Brasil.

A propósito permita-me observar que eu não vi como não vejo com bons olhos a indicação do Brasil para sediar a Copa do Mundo.

Considero mesmo o Lula um irresponsável por trazer para o país uma festa nas dimensões da Copa enquanto aqui tudo falta.

Sem nenhuma demagogia, gastar a fortuna que tem sido gasta e ainda vai se gastar muito mais na construção de estádios, enquanto os hospitais estão defasados e incapazes de atender a população, é um ato de total irresponsabilidade.

Isso sem se falar nas questões relacionadas à segurança publica e a Educação.

Mas permita-me observar que esta irresponsabilidade não é somente do Lula, mas é também da Dilma.

Ambos são irresponsáveis; um por trazer e a outra por patrocinar uma Copa do Mundo num país tão necessitado e com graves problemas para resolver.

Portanto, eu não vejo com bons olhos a realização desta Copa no Brasil.

Na relação custo beneficio é certo que o povo brasileiro só tem a perder.

A poucos dias da realização do evento o que se observa é uma tragédia no que diz respeito a organização da Copa do Mundo no Brasil, com tudo atrasado, conforme ficou comprovado na audiência pública realizada da Comissão de Educação aqui do Senado, na última terça-feira,dia 11, para debater a situação das obras para a Copa, principalmente em relação aos gastos para a competição.

Dos debates foi possível se constatar que a organização desta competição se descortina em um monumental escândalo de corrupção, que está transformando o Brasil no paraíso do superfaturamento.

O noticiário internacional dá conta de que os dirigentes da FIFA se arrependem amargamente de ter escolhido o Brasil para sediar essa Copa.

Chegam a afirmar nos bastidores da entidade que provavelmente será a pior Copa da história em matéria de organização e resultados.

Na reunião do dia 11, foram citados alguns dos dados que traduzem o desperdício de dinheiro e os gastos exorbitantes nos preparativos do evento.

Com relação às obras de mobilidade urbana financiadas pela Caixa Econômica Federal no corrente ano, da promessa inicial de serem realizadas 41 intervenções urbanas nas cidades-sede da Copa, apenas 31 foram efetivamente esboçadas, e dessas, uma foi de fato concluída; cinco tiveram mais de 75% de desembolso para sua realização; sete tiveram entre 50% e 75% de desembolso; 13 estão atualmente com menos de 50% de desembolso; por fim, cinco obras nem mesmo foram iniciadas, muito menos receberam recursos.

Isso quer dizer que as obras de infra estrutura urbana, que seria a herança da Copa para as cidades sedes não foram concluídas e algumas nem chegaram a ser iniciadas.

Em resumo, os números apresentados na reunião  revelam que  o Brasil é o campeão de superfaturamento.

Na Copa do superfaturamento, o Brasil já é campeão.

Não se discute mais; não há mais nenhum jogo a realizar.Já jogamos o jogo da corrupção e o do superfaturamento; o Brasil é campeão disparado, graças a incompetência irresponsabilidade  e a corrupção que caracterizam este governo do PT.

Cordialmente,

Alvaro Dias”