Uma votação muito difícil. É o que espera o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) para esta terça-feira (26) na decisão em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013, que acaba com todas as hipóteses de voto secreto no Poder Legislativo.
No início do mês, Rollemberg convocou a população a pressionar os senadores para aprovarem integralmente a proposta. Defensor do voto aberto amplo, o parlamentar entende que desta vez o seu partido não terá o mesmo apoio que obteve dos tucanos em primeiro turno, quando a PEC foi aprovada com 54 votos favoráveis, dez contrários e uma abstenção.
- Pelas informações que eu tive, o PSDB fechou questão em torno do voto secreto para apreciação dos vetos presidenciais e isso certamente vai dificultar muito a aprovação do voto aberto em todas as modalidades - disse Rollemberg.
Pelo mesmo motivo, o parlamentar considera que, desta vez, terá que enfrentar uma batalha maior para derrubar os destaques. Deverão ser examinados três destaques à matéria, apresentados pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). São pedidos para que trechos da proposta original sejam votados separadamente. O objetivo é manter algumas votações reservadas, como a indicação de autoridades.
- Se forem aprovados os requerimentos de destaque, dificulta muito mais a situação. Porque caberá a nós colocar 49 votos para que esses textos retornem à PEC. Nós vamos estudar o regimento e ver o que é possível fazer para tentar aprovar o voto aberto geral - adiantou Rollemberg.
