A Fifa adiou o sorteio e a venda de ingressos para a Copa do Mundo, depois que o governo brasileiro e a Caixa Econômica Federal exigiram, segunda-feira, auditar o sistema usado pela entidade máxima do futebol para distribuir as entradas.A decisão pela fiscalização e a necessidade de adiar o processo causaram constrangimentos dentro da Fifa. Mais de 6,2 milhões de ingressos foram solicitados na primeira fase de pedidos para a disputa.

Mas a Fifa só pôde começar segunda-feira o sorteio daqueles que poderão ter o direito de comprar as entradas. “Para garantir que as autoridades brasileiras estejam envolvidas na supervisão do procedimento para alocação de entradas, a Fifa teve de adiar o sorteio, que começaria nesta terça”, indicou a entidade em comunicado oficial.

(Foto: Dilvulgação Fifa)

 

A “acomodação das autoridades brasileiras” foi a forma diplomática que a Fifa encontrou para descrever a exigência feita pela Caixa que, há dois dias, criou uma nova polêmica com a entidade ao exigir fiscalização.

O acordo da Caixa e do governo brasileiro ainda foi fechado dois dias antes de o Procon-RJ entrar com ação coletiva contra a Fifa, exigindo esclarecimentos sobre como seria o sistema de sorteio de ingressos. O órgão alegava que os torcedores não foram informados de forma adequada sobre como se dará o sorteio.

Por causa desse atraso no processo, a Fifa não poderá informar aos torcedores que pediram entradas se suas solicitações foram atendidas. O prazo para dar uma resposta era dia 4 de novembro. Agora, o torcedor que fez seu pedido pela internet terá de esperar até o dia 10.

Sem uma data definida para dar essa informação, a Fifa anunciou que a próxima fase da venda de entradas, planejadas para começar dia 5 de novembro, foi adiada para 11 de novembro. O sorteio dos ingressos ocorre na cidade de Manchester, na presença do Ministério dos Esportes, de um tabelião e da Caixa Econômica Federal.