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Notícias | Brasil

Aliados buscam consenso sobre estratégia para reeleger Dilma

18/10/2013 - 22:32

Redação

 Ainda aflitos com o novo cenário eleitoral, aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional dividem-se sobre qual a melhor estratégia para reagir à aliança entre o governador Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva (PSB) e garantir a reeleição, mas cobram que ela intensifique as viagens pelo país e mostre as realizações do Governo Federal.


A aliança de última hora entre a ex-senadora e o governador pernambucano, dois ex-aliados e ministros no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agitou o cenário eleitoral para a eleição presidencial do próximo ano. Um contexto no qual, na avaliação dos aliados da presidente, a candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) perderá força.

Alguns acham que Dilma deve se concentrar apenas no governo e não se envolver no bate-boca eleitoral. Outros, porém, querem uma presidente mais ativa no debate com os adversários e viram o início de uma tática para criar uma divisão nessa aliança quando a petista respondeu a Marina Silva via Twitter nesta semana.

De acordo com representantes desse segundo grupo, na recente troca de farpas entre a ex-senadora, por meio de entrevistas, e a presidente, pelo Twitter, a petista adotou uma tática que serve para deixar a neossocialista em evidência, criando pressão sobre o cabeça da chapa presidencial no PSB. Isso, na avaliação de alguns parlamentares, pode criar uma divisão entre os novos aliados.

"Pode ser uma boa tática, porque ao escolher a Marina para polemizar, pode criar uma sombra para o Eduardo Campos", disse um peemedebista com assento na Esplanada dos Ministérios. Esse aliado lembra, porém, que a campanha eleitoral está muito precipitada e pode ser que a tática se mostre um desastre.

Contudo, existem divisões dentro do próprio PMDB. De acordo com um senador, essa estratégia "está completamente errada", porque a presidente não precisa "descer a esse nível" para debater com adversários.

Uma fonte do governo, que falou sob condição de anonimato, afirmou que as respostas dadas por Dilma a Marina não serão um padrão a ser adotado pela presidente em relação aos adversários. "O objetivo é divulgar o governo", afirmou a fonte, que considerou inclusive um erro a troca de farpas.

Dilma e Marina se envolveram em um debate público sobre a política econômica atual e os desafios de governar. A presidente disse que os postulantes ao Palácio do Planalto teriam de estudar muito o Brasil, ao que Marina respondeu lamentar pelos que acreditam que não têm mais nada a aprender e só conseguem ensinar.

Na tréplica, a presidente alegou não acreditar "nos soberbos que julgam que nascem sabendo ou que já aprenderam tudo". "Serei sempre uma aluna do mundo", afirmou no Twitter.

 

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