Eder Moraes está cada vez mais ousado. Seguindo orientação de um marqueteiro-jornalista, decidiu atacar Carlos Bezerra — e não apenas nos bastidores. Além de sugerir que tem peito para enfrentá-lo na convenção, apesar de insinuar que não será necessário, pois será definido candidato antes, Eder tem insinuado que tem o apoio da maioria dos integrantes do diretório. Dinheiro tem um peso quase de “santidade” para militantes de um partido que deseja comandar novamente o governo.
Não se sabe exatamente por qual motivo Eder decidiu desafiar Carlos Bezerra abertamente. Ou é muita confiança — ou muito desespero. Há quem diga que está ficando fora do páreo, por isso o “enfrentamento”. bezerristas dizem que o principal “inimigo” de Eder não é Bezerra, e sim sua boca, a palavra. “Quando fala, Eder ataca sempre a si próprio.”
Eder deveria ler o que disse um publicitário ao Caldeirão Político: “O PMDB não ganha com Carlos Bezerra, mas precisa dele na campanha, se quiser ter alguma chance”. E com Eder? “Dificilmente ganhará, porque o eleitor rapidamente perceberá que não tem consistência política e técnica. Repete um discurso pronto, mastigado, mas que parece não ter entendido.”