Quem será o candidato do PMDB ao governo de Mato Grosso? A pergunta é a mais pronunciada nos bastidores da política mato-grossense atualmente. Pelo que tudo indica a cabeça de chapa da aliança com o PT sairá da legenda que governou o Estado e que hoje ainda é uma máquina eleitoral com um deputado federal — Carlos Bezerra (que ninguém aguenta mais ouvir falar) —, três deputados estaduais — Baiano Filho (PMDB), Romoaldo Junior (PMDB) e Teté Bezerra (PMDB). 

Na conjuntura atual, apenas três peemedebistas se encontram em condições de postular a oportunidade de enfrentar nas urnas o Paiaguás nas eleições do dia 5 de outubro de 2014. São eles: Carlos Bezerra por teimosia, Teté Bezerra, Eder Moares por ser o homem das negociações envolvendo dinheiro, e por último o juíz Julier, caso venha se filiar ao partido. Desta lista, o nome ainda forte no meio da militância, e que tem apelo eleitoral incontestável, é o ex-prefeito, ex-governador, novamente Carlos Bezerra. O líder ainda opera nos bastidores e não se considera uma carta fora do baralho.

À espreita e de olho nos movimentos de aliados e adversários, Carlos Bezerra adotou a velha tática, esperando o momento certo de se pronunciar e de convocar a militância em torno de seu nome. A fórmula tem o intuito de emplacar o nome para 2014. O exército peemedebista só obedece a um único marechal: Carlos Bezerra.

A história do partido se confunde com a do próprio Bezerra. 

Hoje, ninguém no PMDB mato-grossense tem o poder de mobilizar a militância como Bezerra. 

O PMDB mato-grossense, por essência, nasceu da classe média rural que no desenrolar dos anos ganhou apelo nas classes populares e na classe média urbana. Não se sabe se é por imposição da equipe de marketing, mas forçar o berrante e o chapéu de boiadeiro como marcas alusivas a sua pessoa poderá ser um tiro no pé.

Indagado sobre qual deve ser o perfil do próximo candidato do PMDB para 2014, ele diz que o partido ainda busca em meio aos quadros um que tenha as características ideais para reconduzir a sigla ao poder em Mato Grosso. “Estamos atrás desta resposta. Do perfil traçado pelos meus companheiros poderei encontrar o nome.”

Bezerra tem em seu histórico o hábito de queimar candidaturas do próprio partido, como aconteceu com Walter Rabello no passado. Outro fator preponderante para o partido disputar o governo novamente é se o governador Silval Barbosa, também do PMDB, concluir sua gestão com bom índice de popularidade. Para isso precisa entregar as obras da Copa em dia e acabar com o caos e a vergonha que assolam a saúde. Sem contar as suspeitas que recaem sobre algumas licitações, como a recente da Seduc que acabou sendo cancelada.