20/06/2013 - 15:52
Fernando Meira Dias, de Brasília para o Caldeirão Político
Sobre as manifestações nas ruas pelo Brasil, o Líder da Minoria na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT-PSDB), falou com exclusividade ao Caldeirão Político e afirmou que o momento requer reflexão da classe política, mas ressalvou que o modelo político adotado pela presidente Dilma Rousseff está exaurido.
Conforme o parlamentar, o recado que a população esta mostrando nas ruas tem relação com a atual taxa de inflação. “Precisou a inflação chegar na cozinha do brasileiro para o povo ir as ruas. O Brasil é um dos piores no quesito de industrialização, em saúde e as nossas universidades perdem para mais de 100 países em qualidade, o Brasil foi o que menos cresceu no último ano na América Latina”, disse Leitão.
No quesito logística, Nilson Leitão afirmou que o frete cobrado no transporte rodoviário brasileiro é um dos mais caros do mundo. “Toda essa soma negativa vai despertando sentimento de revolta na sociedade”, disse.
Na política brasileira, o parlamentar afirmou que os atuais temas discutidos pelo Congresso Nacional trazem insegurança para o povo, como índios contra produtores e delegados contra o Ministério Público.
“O modelo político que a presidente Dilma apresenta está exaurido. Ela precisa modernizar esse modelo, apresentando um próximo a realidade da população. Então essas manifestações no Brasil afora são legítimas, mas sou contra as badernas e o vandalismo.
Quem não viveu as Diretas Já, a ditadura, o impeachment do Collor, se impressiona com essas manifestações, que são impressionantes, ainda mais que não tem partido político envolvido. “É um recado claro a toda classe política brasileira. Nenhum partido ou político pode se apoderar desse movimento de iniciativa popular, de uma juventude que está nas redes sociais mobilizando o Brasil a favor do próprio país e contra o modelo instalado na república”, concluiu.
As manifestações se multiplicam pelo país e não há sinais de que vão parar, mesmo com a redução das tarifas de ônibus anunciadas por diversas prefeituras.
(Clique no link acima para ouvir a entrevista)
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