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Artigos | Cícero Henrique

Campanha política e marketing eleitoral

19/03/2024 - 18:17

Foto: Arquivo pessoal

A campanha eleitoral de 2024 já está em pleno vapor nos municípios do estado de Mato Grosso, especialmente em Cuiabá e Várzea Grande.

Os pré-candidatos estão  buscando a melhor forma de fazer e aproveitar do marketing eleitoral neste período.

Em uma campanha eleitoral, os candidatos possuem tempo bastante limitado para fazer o público conhecer sua identidade e suas principais propostas. Não é simples fazer isso, já que há vários outros candidatos tentando fazer a mesma coisa. Os principais meios de propaganda, como o horário eleitoral e os debates, nem sempre oferecem a exposição mais desejável. Há candidatos que possuem apenas 10 segundos por bloco de propaganda eleitoral. Como, então, aproveitar os dias de campanha para conquistar o máximo de votos possível?

Isso passa, é claro, por uma boa estratégia de marketing eleitoral. É necessário conhecer e colocar em prática de maneita inteligente recursos de comunicação que candidatos têm à disposição para fazer o eleitor não esquecer de seu nome e número eleitoral.

O aumento da importância do processo eleitoral no controle e distribuição dos benefícios do Estado para a sociedade civil está fazendo com que a disputa por um cargo torne-se mais brutal  a cada pleito, na medida em que os diversos segmentos da população desenvolvem um esforço intenso para eleger o candidato mais afinado com suas idéias e visão de progresso.

Neste cenário de concorrência crescente, o conjunto de técnicas e procedimentos destinados a otimizar o desempenho das candidaturas vem ocupando   lugar   cada   vez   mais   importante, recebendo a designação — bastante genérica — de marketing político.

Embora destinada a um aprimoramento do nível das campanhas, esta expressão aparece freqüentemente ligada a um caráter negativo, associado a práticas totalitárias ou  manipulativas, à esquerda e à direita. Segundo esta visão, qualquer pessoa, desde que devidamente capitalizada e assessorada por “experts” no assunto seria capaz de eleger-se, mesmo que desprovida de idéias ou motivações diretamente relacionadas com representação política.

Isto é falso, assim como no marketing comercial é falsa a idéia de que só uma boa embalagem vende o produto. Não se trata de fazer do candidato um fantoche ou robô programado por um grupo de assessores misteriosos, mas sim da aplicação de um conjunto de procedimentos e técnicas que visa otimizar a utilização dos recursos empregados no decorrer de uma campanha eleitoral. Por serem aplicáveis a qualquer campanha, as técnicas de marketing podem inclusive diminuir um pouco as distorções criadas pelo poder econômico, desde que sejam postas ao alcance de todos os candidatos e por eles entendidas e aplicadas.

Talvez aqui esteja uma das raízes da visão negativa que muitas pessoas têm sobre o tema: na medida em que as assessorias de marketing e os institutos de pesquisa detém o monopólio absoluto deste saber, podem “vendê-lo” por um preço elevado, que somente os candidatos mais endinheirados têm condições de pagar, acentuando um desequilíbrio latente entre as diversas candidaturas e os segmentos que elas representam.
Se o marketing eleitoral pode de fato contribuir para um aprimoramento das instituições democráticas e da classe política (que está com sua imagem bastante desgastada junto à população) é preciso torná-lo mais aberto e acessível, menos parecido com um ritual a ser praticado apenas por iniciados.

O objetivo do marketing eleitoral é tentar auxiliar na difusão dessa técnica, principiando a mostrar por dentro o trabalho das assessorias e  institutos  de  pesquisa,  provando aos candidatos que independentemente dos recursos disponíveis, do cargo disputado e da posição ideológica de cada um, a adoção dessas técnicas virá beneficiar a todos.

É importante ressaltar que marketing eleitoral ajuda muito os candidatos, desde que seja feita de maneira profissional, eficiente, respeitando os valores culturais e sócios econômicos de cada município ou região, porque só assim se "explora" positivamnte o potencial dos candidatos.

Quem ganha com isso é a sociedade que fará sua escolha nas urnas pelas melhores propostas, compromissos, responsabilidade daquele que realmente representa os anseios da população.

Cícero Henrique

Cícero Henrique


Jornalista em Cuiabá
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