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Artigos | Cícero Henrique

Por que insisto escrever sobre Jair Bolsonaro?

Ex-presidente está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes

11/09/2023 - 09:14

Foto: Arquivo pessoal

Penso que o maior enganador e mentiroso que já residiu no Paládio do Planalto, junto com seus seguidores radicais, formam uma verdadeira seita.

Vamos ao que interessa:

Jair Bolsonaro sempre se mostrou um militar frustrado, chegou até a patente de capitão, não conseguindo almejar as patentes do alto-comando do Exército, como coronel e general. Foi expulso do Exército Brasileiro. A sua ficha já não era boa desde aquele tempo.

Isso mostra o grande erro que parte da população cometeu ao votar nele para a presidência da República.

Faço uso destas recordações para ilustrar algumas questões presentes que, a rigor, não são novidades. Sempre foi praxe na vida nacional a política ficar fora dos quartéis. Quem desejar fazer política, que se dispa da farda e vá para a reserva. O marechal Lott, quando concorreu com Jânio Quadros, em 1960, passou para a reserva, como antes passaram os marechais Eurico Gaspar Dutra (1945) e Juarez Távora (1955). O golpe militar de 1964, alterou o curso da história. A Constituição de 5 de outubro de 1988 repôs o país nos trilhos da normalidade do Estado Democrático de Direito.

Coube a Jair Bolsonaro, que já fora expulso do Exército por grave indisciplina, descrito pelo ex-presidente Geisel, um militar cioso da hierarquia e da disciplina, como “um mau militar”, tentar costear o alambrado do golpe incitando não só as forças armadas como se fossem instrumentos de ação política pessoal, como aparelhou a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal e mais ainda as polícias militares nos estados, além do “exército” de CACs, poderosa milícia armada, para tentar o golpe. Não foram poucas as vezes em que o ensaiou.

Todos os 7 de setembro foram usados por Jair Bolsonaro para incutir nos seus apoiadores radicais, alguns primários em política, a ideia de que poderiam fazer tudo, porque as forças militares, ou o “meu Exército”, garantiriam suas ações e afrontas à Constituição. Até mesmo em plena pandemia da Covid-19, no 7 de setembro de 2020, quando era previdente que todos ficassem em casa, pois o vírus estava solto e não havia vacinas à vista (só em dezembro daquele ano surgiram as primeiras vacinações no Reino Unido e nos Estados Unidos, enquanto aqui, as “vacilações” do governo negacionista retardaram a chagada das vacinas em um mês, graças à pressão do ex-governador de São Paulo, João Dória Jr), ainda assim Bolsonaro improvisou um tosco desfile na Praça dos Três Poderes, sem a presença de nenhuma das três armas.

Diante disso, é fato que Bolsonaro está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que vem fazendo um excelente trabalho e honrando a toga como um verdadeiro patriota.

Resta agora a Bolsonaro e seus simpatizantes espernear, porque o braço direito do ex-presidente, Mauro Cid, teve sua delação homologada, isso quer dizer que a sombra de Bolsonaro, quando estava no poder, sabia de tudo e um pouco mais, e agora vai contar tudo, o que compromete Bolsonaro, Michele e companhia.

Alguns já falam em cadeia para Bolsonaro e por quanto tempo ele verá o sol quadrado dentro de uma cela.

Ou seja, politicamente Bolsonaro já está 'morto', agora vem o enterro e o velório.

O cara (Bolsonaro) arrogante, que gritava com os jornalistas, enquadra nas quatro linhas, negacionista em tudo, lembrando as 800 mil mortes pela Covid-19, enquanto o ex-presidente debochava dos que não conseguiam respirar.

O mundo dá voltas e agora vamos ver os próximos capítulos ou as próximas decisões do ministro Alexandre de Moraes que pode colocar o "mito" atrás das grades.

Cícero Henrique

Cícero Henrique


Jornalista em Cuiabá
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