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Artigos | Cícero Henrique

O agro não pode ser um partido político

Para os integrantes de extrema-direita do agronegócio a eleição ainda não acabou

02/05/2023 - 15:28 | Atualizado em 02/05/2023 - 15:35

Foto: Reprodução

Parte do agronegócio brasileiro está agindo como um partido político. Piorou a situação com o desgoverno de Jair Bolsonaro, que destruiu o país, mas atendeu interesses de ruralistas, anulando multas milionárias de produtores, apoiando o desmatamento desenfreado, além do incentivo a garimpos ilegais, contribuindo para a degradação do meio ambiente. A verdade é que parte dos produtores só quer benesses e não quer ser taxado.

Felizmente, uma decisão acertada do STF colabora agora com o governo de Goiás para taxar o setor.

O agronegócio é um dos setores que mais recebe benefícios por parte do governo. O BNDES vai destinar cerca de 2 bilhões de reais para o setor.

Para os integrantes de extrema-direita do agronegócio a eleição ainda não acabou, e parece que ainda continuam gostando de criar fake news.

O governo precisa cumprir a lei, punir crimes ambientais, valorizar os bons produtores rurais, incentivar as boas práticas no campo e garantir a inviolabilidade das propriedades privadas.

Foi vergonhoso o que a Agrishow fez com o ministro da Agricultura, Calos Fávaro. Isso mostra a politização e radicalismo que existe no setor, parecendo que alguns ainda vivem num mundo paralelo.

O Brasil não é só extrema-direita, o Brasil é de serviços, da indústria, do turismo, das pequenas e médias empresas, da economia verde, da sustentabilidade. Todos os setores merecem a atenção e investimentos, não só o agro.
 

Cícero Henrique

Cícero Henrique


Jornalista em Cuiabá
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