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Entenda por que a vitória de Abílio Júnior em Cuiabá é recado para 2022

Se eleito dia 29, Abilio e seu grupo influenciarão as eleições em 2022 em MT

26/11/2020 - 08:57 | Atualizada em 27/11/2020 - 13:13

Cícero Henrique

As eleições municipais de 2020 servem como indicador da mudança de forças no estado de Mato Grosso. Enquanto a liderança do prefeito do paletó perdeu mais da metade de seus representantes na Câmara Municipal, o número de mandatários de outro grupo político decolou. A flutuação na quantidade de eleitos pelas legendas revelam o realinhamento em torno do poder estadual, segundo os analistas que interpretam os resultados das urnas.

A leitura do resultado das eleições municipais no primeiro turno faz sentido. A campanha de Abílio Júnior contra o prefeito réu por corrupção e seus aliados chegou como uma onda, sua força manda sinais para as eleições de 2022.

O recado é, principalmente, para os senadores Wellington Fagundes (PL), senador Jayme Campos (DEM), Carlos Bezerra (MDB) e para o deputado estadual Eduardo Botelho: daqui em diante a forma de fazer política será diferente, se confirmadas as pesquisas, e não de conchavos como eles fazem na política, que o diga Várzea Grande.

Cuiabá é o maior colégio eleitoral do estado de Mato Grosso, por sua visibilidade reflete em outros municípios.

Mas essa história, assim como na política, não tem apenas dois lados. Quem se saiu melhor até agora foi a campanha de um político honesto que não tem a pecha de propineiro. O próprio presidente regional do MDB, deputado federal Carlos Bezerra,declarou que o video da propina "manchou a carreira" de Emanuel Pinheiro.

O que as urnas querem nos dizer: O Podemos será mais caro a partir dessa eleição. A partir do próximo ano, o partido provavelmente assumirá  (de acordo com as pesquisas) o controle da principal cidade do Estado e o apoio de Abílio Júnior se tornará palanque cobiçado na eleição de 2022. Com o enfraquecimento político de Emanuel Pinheiro e seus aliados, restará ao grupo a tentativa de salvar sua reeleição em 2022. Mas nomes como Wellaton, Diego Guimarães, Gisela Simona, Dilemário Alencar são fortes para disputarem um mandato na Assembleia Legisltiva e Câmara Federal.

As urnas também dizem ao grupo de Emanuel Pinheiro, Jayme Campos, Fagundes, Eduardo Botelho e Carlos Bezerra para encontrar logo uma forma diferente de fazer política e musculatura para lhes cacifar para as eleições de 2022.  É bom lembrar que na eleição passada para o Senado Jayme Campos quase não se elegeu.  Se tivesse mais uma semana de campanha ele seria derrotado. O resultado das eleições municipais deverá influenciar a decisão.

Há sempre quem diga que há grandes diferenças nas eleições municipais das estaduais. Certamente há. O que não se pode deixar de considerar é que as eleições de 2022 terão como alicerce a política municipal, onde se consegue a capilaridade. Neste contexto, a eleição de muita gente poderá enfrentar dificuldades.


 

 

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