15/10/2020 - 16:29 | Atualizada em 16/10/2020 - 09:42
Redação
Na decisão que ordenou o afastamento, Barroso apontou a “gravidade concreta” do caso, que exige o afastamento para evitar que o parlamentar use o cargo para dificultar as investigações.Chico Rodrigues é acusado de desviar recursos de emendas parlamentares para beneficiar empresas contratadas pelo governo de Roraima para combater a pandemia de covid-19.
“A gravidade concreta dos delitos investigados também indica a necessidade de garantia da ordem pública: o Senador estaria se valendo de sua função parlamentar para desviar dinheiro destinado ao enfrentamento da maior pandemia dos últimos 100 anos, num momento de severa escassez de recursos públicos e em que o país já conta com mais de 150 mil mortos em decorrência da doença”, disse Barroso, na decisão.
Barroso negou pedido de prisão do parlamentar e de confinamento domiciliar. O ministro proibiu ainda o senador de manter contato com outros investigados.
“Diante da não configuração de situação de flagrância e da fundada dúvida sobre a possibilidade de decretação de prisão preventiva, impõe-se o afastamento do Senador da função parlamentar, de modo a impedir que se utilize de seu cargo para dificultar as investigações ou para, ainda mais grave, persistir no cometimento de delitos”, escreveu Barroso, na decisão.
Se o Senado mantiver o afastamento de Chico Rodrigues, quem assume o cargo é o primeiro suplente, que é filho do senador.
20:22
19:57
18:39
18:32
17:48