A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) gastou com publicidade R$ 29.845.440,00 no período de janeiro a junho de 2020,  dos R$ 33.645.440,00 previstos no orçamento da Secretaria de Comunicação, segundo levantamento feito pelo Caldeirão Político com base em dados do Portal Transparência da própria Casa. Os dados não especificam os valores e empresas contempladas.

A ALMT é mais cara para os contribuintes do que os legislativos do DF, TO,RO,RN,SEPI,SC,MS, GO,AM,PB MG, PR, AL, RJ, ES,RS, PE,PA,CE, MA, BA e SP. São gastos R$ 7,12 por habitante com publicidade, cerca de sete vezes mais que a Assembleia de São Paulo (R$ 1,26 para cada cidadão) e do Rio de Janeiro (R$ 0,94). 

Os gastos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso são preocupantes. O Parlamento do Distrito Federal, por exemplo, gasta R$ 23 milhões por ano com publicidade, seia a menos que o de Mato Grosso. 

Outro detalhe é que a distribuição das verbas publicitárias são centralizadas pelo presidente Eduardo Botelho (DEM), que prioriza determinados veículos de comunicação, blogs e emissoras de televisão. O critério para distribuição de mídia passa pelo crivo político, priorizando os que 'divulgam' o legislativo (ou legislador?) mato-grossense.

“Gasto massivo”

Além disso, o legislativo não tem nenhuma mostragem da eficácia da publicidade para justificar as despesas com propaganda. Isto porque a distribuição de mídia é feita até mesmo para sites e blogs que nutrem amizade com o 'chefe', não importando a credibilidade e os acessos dos mesmos.

Além dos blogs e sites escolhidos, é certo que a relação de pagamentos mostra que as TVs ainda têm o maior peso nos gastos. É bom frisar que o portal não mostra total transparência.

A falta de transparência com os gastos da ALMT dificulta o acompanhamento de gastos. O portal da Assembleia não disponibiliza planilha com registros de notas fiscais dos serviços prestados por veículos de comunicação por meio de agências de publicidade no ano passado.