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Sergio Moro, os urubus da Pátria e o presidente

03/05/2020 - 13:03 | Atualizada em 03/05/2020 - 18:36

Jô Navarro

Durante quase nove horas de depoimento à Polícia Federal, em Curitiba, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro apresentou provas de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.

Os bolsonaristas adotaram a estratégia de tentar denegrir a imagem de Sergio Moro nas redes sociais, porém isto é como atirar uma flecha contra um tanque de guerra.

Os aliados do presidente imitam seu comportamento, colocam em risco as próprias vidas e de seus familiares ao promoverem aglomerações e exigirem a retomada da atividade econômica justamente no momento que a curva de contaminação dispara. Neste domingo (3)milhares de pessoas fizeram carreata e aglomeração diante do Palácio da Alvorada. A seguir assim, em breve Bolsonaro poderá estar acenando para uma pilha de cadáveres e novamente dirá: 'E daí'?

O presidente deu a ordem aos militantes radicais para taxarem Sergio Moro de traidor. No entanto, quem trai os eleitores é o próprio presidente, ao renegar a bandeira anticorrupção e a defesa da Lava Jato, aliando-se a políticos do Centrão investigados por corrupção e improbidade, barganhando cargos com Renan Calheiros, Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab, de braços dados com aliados do governo petista, na tentativa de barrar um cada vez mais provável processo de impeachment. Os urubus da Pátria estão de olho em cargos nas agências, fundações, estatais e bancos regionais, que administram orçamentos milionários.

O responsável pela crise que levou à promiscuidade política com o Centrão é ele mesmo, Jair Bolsonaro, juntamente com os filhos Carluxo, Flávio e Eduardo. Para manter-se no poder, o governo Bolsonaro rasgou a bandeira anticorrupção e abraça mensaleiros sem o menor pudor. É mais do mesmo, em nada difere da esquerda lulista e dilmista.

Porém, nada disso poderá salvá-lo das provas robustas apresentadas por aquele que é o símbolo anticorrupção, cujo lema é 'faça a coisa certa sempre', Sergio Moro. O ex-juiz que condenou um ex-presidente à prisão é o mesmo com força para depor Jair Bolsonaro.

Quem sobreviver à 'gripezinha' chamada covid-19, verá. 

Ministros com biografia a zelar, que não compactuam com a 'velha política', bem farão entregando o cargo.

 

 

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