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Os 100 anos de Poxoréu ganham documentário e Júlio Campos apoia sua produção

01/03/2024 - 08:34 | Atualizada em 04/03/2024 - 08:06

Redação

Os 100 anos de Poxoréu ganham documentário e Júlio Campos apoia sua produção

Foto: Edson Rodrigues/Assessoria

O primeiro século da rica história de Poxoréu é contado boca a boca por descendentes de seus primeiros habitantes. Para retirar esse período da oralidade e mostrá-lo com riqueza de detalhes, um grupo de filhos daquele município, liderados pelo Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu (IHG) contratou a produção de um documentário cinematográfico tendo como tema os 100 anos da ocupação de Poxoréu. Sem recursos para a obra, o grupo procurou apoio junto a autoridades em Cuiabá, na quinta-feira, 29. A primeira porta aberta ao projeto foi a do gabinete do deputado estadual Júlio Campos, que tem fortes e antigos vínculos com a população poxorense. 

O documentário foi produzido com enredo multitemático e se encontra na fase de edição. Seu conteúdo narra a chegada à região de um pequeno grupo liderado por João Ayrenas Teixeira, há 100 anos, em 24 de junho. A descoberta do diamante aconteceu cinco dias depois, em 29 de junho, data consagrada pela Igreja Católica a São Pedro, quando o garimpeiro Francisco Louzada pegou o primeiro diamante, o que levou o líder que chefiava o grupo que se aventurava pelo desabitado e desconhecido sertão mato-grossense a denominar de São Pedro a vila por ele fundada próxima ao local da descoberta, mas a mesma foi consumida por um grande incêndio em 1927. Poxoréu, criada um ano antes do fogaréu, e localizada próximo ao local da tragédia, tornou-se referência urbana nas altas cabeceiras do rio Vermelho, que banha Rondonópolis.

As primeiras décadas de Poxoréu foram dominadas pelo garimpo do diamante e pelos capangueiros que o compravam, o que lhe rendeu o título de Capital dos Diamantes; e pela força da Igreja católica, que escolheu para seu padroeiro, São João Batista, santo reverenciado em 24 de junho – Ayrenas ali chegou em 1924, em 24 de junho, a data dedicada a São João Batista.

Garimpo não é para sempre. Essa atividade se caracteriza por seus ciclos, durante os quais os garimpeiros bamburam, lavam chão de cabarés com cerveja, fazem fortunas do dia para a noite, e com a mesma rapidez muitos esbanjam tudo e voltam blefados em busca da pedra sem jaça para nova fortuna, ou de simples xibius, para seu sustento.

“Poxoréu do apogeu do garimpo à sua decadência guarda viva a memória dos tempos das vacas gordas, mas a cada dia menos detém esse conteúdo histórico. O documentário tem por objetivo perpetuar a aventura da busca pelo diamante, antes que a mesma se volatilize ou que seus conhecedores fechem os olhos para sempre”, observa o professor Gaudêncio Amorim, sócio fundador do IHG.

O grupo que visitou Júlio Campos era formado por Antônio Nival Souza Campos, presidente do IHG e bancário aposentado; Agnaldo Francisco da Luz, vice-presidente do IHG; historiadora Lena Guedes, membro do IHG e ex-vice-prefeita de Poxoréu; e Gaudêncio Amorim. Esse grupo explicou o objetivo do documentário e o deputado disse que, “A proposta é sensacional e terá meu apoio”.

O grupo buscará mais apoio em Cuiabá. Em Poxoréu, o prefeito Nelson Paim, e a Câmara Municipal demonstram simpatia ao projeto; e os membros do IHG já contribuem para a concretização do mesmo. A meta, segundo Lena Guedes, é que o filme seja exibido antes de 24 de junho, tanto em Poxoréu, quanto em Cuiabá e outras cidades.

Antônio Nival narrou a Júlio Campos que Poxoréu é movida a amor. Lembrou que na decadência do garimpo a cidade se manteve e soube diversificar sua economia, ora calcada na pecuária e no cultivo da soja com suas rotações de cultura, e que o município tem um imenso potencial turístico de contemplação praticamente inexplorado.

Para exemplicar o amor por Poxoréu, Antônio Nival contou que o missionário italiano Attilio Giordani, que atuava no município, morreu em 1972 e que seu corpo foi trasladado para a Itália, mas que seu coração, a pedido dele, foi retirado e protegido por um vidro com formal foi sepultado debaixo do piso do altar da Igreja São João Batista.

A realeza do título Capital dos Diamantes foi substituída pela Capital Estadual da Viola, pois Poxoréu realiza anualmente um dos maiores festivais de viola do Brasil.

O bê-á-bá do que Poxoréu tem de melhor: sua gente será exibido a cores narrando os 100 anos de sua ocupação humana. O extrato dos depoimentos de figuras de todas as áreas econômicas, da intelectualidade, da política e do esporte se juntaram a um verdadeiro show de imagens das belezas naturais e das construções na cidade e em seus distritos, a exemplo do famoso Alto Coité.

JÚLIO CAMPOS – Os fortes e antigos laços de Júlio Campos com Poxoréu começaram com seu tio-avô, Luis Coelho de Campos, o Coronel Luizinho, que foi o primeiro prefeito do município, quando na condição de Intendente, instalou a Prefeitura de Poxoréu em 1939 – o município emancipou-se de Cuiabá em 26 de outubro de 1938. Quando governador de Mato Grosso (1983/86), Júlio Campos pavimentou a MT-130 de Rondonópolis a Primavera do Leste com o trajeto cruzando Poxoréu e Alto Coité. Esse asfalto era a obra mais reclamada pela população. Para reverenciar a memória do ex-prefeito de Poxoréu e ex-deputado estadual Osvaldo Cândido Pereira – Moreno, o governante deu seu nome a MT-130 que naquele trecho passou a ser chamada de Rodovia Osvaldo Cândido Pereira – Moreno.
 

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