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Prefeito suspeito de manipulação de testemunhas é afastado do cargo e preso

Operação Voz do Poder investiga a manipulação de testemunhas em investigação que apura desvios de recursos públicos durante a pandemia

09/01/2024 - 12:18 | Atualizada em 09/01/2024 - 13:14

Redação

 A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9/1) a Operação Voz do Poder, que tem como objetivo o cumprimento de mandado de prisão preventiva contra o prefeito de um município do interior do estado, suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos destinados à compra de merenda escolar no ano de 2020, durante a pandemia do COVID-19.

O mandado judicial, que inclui também o afastamento do prefeito Simão Peixoto (MDB) de suas funções públicas por um período de 180 dias e a execução de outras diligências necessárias para a coleta de provas, foi cumprido nas cidades de Borba e Manaus.

As investigações revelaram indícios de que os kits de merenda escolar fornecidos não continham ou possuíam uma quantidade muito reduzida de carne de boi, divergindo significativamente do volume contratado. Além disso, constatou-se a ausência de charque nos kits, indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental.

Simão Peixoto, prefeito de Borba (AM), foi afastado do cargo por 180 dias          Prefeito de orba, Simão Peixoto, foi afastado do cargo por 180 dias Foto: Reprodução/Instagram 

A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação. Neste encontro, o prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.

Segundo a Polícia Federal, embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso. (Com informações da Polícia Federal)
 

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