Os seguidores radicais do presidente Jair Bolsonaro não gostaram da indicação da médica Ludhmilla Hajjar para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. Nas redes sociais passaram a atacá-la com criação de perfis falsos, montagens de vídeos e ataques pessoais.
Em entrevista para a CNN a médica revelou que até o
número do seu celular foi divulgado e passou a sofrer
ameaças de morte durante a noite passada. Por duas vezes
tentaram invadir o quarto em que ela estava em um hotel em Brasília. Os invasores foram contidos pelos funcionários do hotel.
A médica deixa claro que prioriza a ciência, defende a necessidade de quarentena e até lockdown para conter o avanço da contaminação e reafirma que a cloroquina, azitromicina e ivermectina não têm efeito nenhum contra a covid-19.
Taxada pelos bolsonarianos como 'esquerdista', Ludhmilla Hajjar disse ão ter preferência política e continuará seu trabalho como médica intensivista, tratando e confortando pacientes de "esquerda e de direita".
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O ódio destilado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra a médica é o mesmo que moveu manifestantes no domingo (14), que
xingaram, ofenderam e ameaçaram de morte governadores e seus familiares.
A radicalização destes apoiadores, que o presidente insiste em armar, prenuncia dias perigosos para os brasileiros.
Para
Mario Sabino, a única vacina contra a covid é o impeachment de Bolsonaro. Concordamos.