04/09/2017 - 13:09 | Atualizada em 05/09/2017 - 10:50
Cícero Henrique
Nas redações dos sites e jornais em Cuiabá já se suspeitava, há muito tempo, que as CPIs realizadas na Assembleia Legislativa estariam sendo usadas para obter vantagens indevidas. As delações de Silval Barbosa, familiares e auxiliares revelaram que os ilícitos são maiores do que suspeitavam os jornalistas.
O Caldeirão Político requereu, por meio do portal Transparência da ALMT, no início deste ano, informações dos gastos detalhados durante todo o trâmite da CPI das Obras da Copa. Nunca recebemos as informações. Agora sabemos o motivo. Considerando a voracidade dos seus integrantes, que cobraram propina do ex-governador Silval Barbosa para livrá-lo de responsabilidades na CPI, os contratos de serviços de assessoria também estão sob suspeita.
A CPI foi presidida pelo deputado Oscar Bezerra (PSB), relatada pelo deputado Mauro Savi (PSB), composta ainda por Dilmar Dal Bosco (DEM), Silvano Amaral (PMDB) e Wagner Ramos (PSD) – investigou R$ 2.529.202.941,04 em obras do Complexo da Arena Pantanal e seu entorno, de mobilidade urbana e do veículo leve sobre trilhos (VLT).
É mais que evidente, hoje, que as CPIs instauradas na ALMT serviram a interesses suspeitos. As imagens de parlamentares enchendo caixas, pastas, bolsos e maletas com dinheiro de propina desacreditaram o parlamento mato-grossense.
Desde a veiculação das imagens pelo Jornal Nacional as sessões não tiveram mais quórum. O presidente Eduardo Botelho entrou em licença e não foi mais visto. Os poucos que aparecem no Plenário evitam a imprensa e matérias de interesse do Estado e dos servidores públicos estão paralisadas.
Desacreditadas, suas excelências continuam recebendo gordos salários e verba de gabinete de R$ 65 mil por mês.
Causa ainda mais tristeza saber que vai demorar muito para que se tornem réus e mais ainda até eventual condenação ou absolvição.
A resposta dos eleitores será mais rápida, nas urnas, em outubro de 2018.
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