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Como funciona a mente dos político criminosos

28/08/2017 - 09:28 | Atualizada em 05/09/2017 - 07:52

Cícero Henrique

A roubalheira que ocorreu no Estado de Mato Grosso tem deixado a população perpelxa com tamanha desfaçatez da classe política, principalmente a falta de vergonha que demonstram.

É como se fosse uma coisa normal, uma regra geral no cotidiano dos parlamentares. Parecem acreditar que vivem em outro planeta, não se preocupando com seus eleitores e seus sentimentos.

Suas mentes são egocêntricas, preocupam-se el levar vantagem e  não com os interesses da coletividade. Bem parecido com criminosos psicopatas que não demonstram qualquer sentimento ou compaixão por suas vítimas.

De onde vem tamanha maldade contra a população que não tem os serviços básicos, como saúde, educação de qualidade, segurança eficiente,entre outros problemas?

Como diz Roberto Lent, do Instituto de Ciências Biomédicas da UERJ, é 'um pouco genético e um pouco social'.

Os estudiosos do cérebro explicam: a agressão vem da nossa natureza animal. O lobo frontal, uma região da testa, é que libera ou não os comportamentos agressivos.

'Como ocorre este bloqueio: ele funciona em função do que tem fora; da sociedade do ambiente. A gente desde criança aprende que existem leis e regras sociais', explica Lent.

Errar é humano. Oscilamos entre o respeito às regras e a transgressão o tempo todo. Parar onde não deve, trapacear no jogo, colar na prova . Mas quando a transgressão é constante e crescente merece luz amarela: muita atenção.

'Existem pessoas doentes que cometem crimes. Existem pessoas normais que cometem crimes. E existem pessoas más que cometem crimes', ensina o neuropsicólogo Antônio Serafim.

Para a psicanalista e Coordenadora da Comissão de Ética da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Cibele Maria Moraes di Battista Brandão, a corrupção pode ser interpretada a princípio como um tipo de loucura, de comportamento desviante, antissocial e perigoso. Nesse sentido, o sujeito privilegia só a si, até mesmo em situações em que ele foi escolhido ou eleito para trabalhar pelo bem comum. A corrupção se define pela perversão – ao invés de procurar o bem comum, ele busca tão somente seu enriquecimento e interesses individuais. A corrupção de objetivos não é só um fenômeno social e nem só um fenômeno individual. Podemos pensar no dito popular que diz “a ocasião faz o ladrão”. Precisamos da ocasião e precisamos do ladrão em potencial. Ladrão de que? Ladrão de uma falsa segurança.

O corrupto age motivado por um fator emocional ou ele é extremamente calculista/racional?

As duas coisas. Ele age motivado por um fator emocional que o faz ser calculista. Ele quer alcançar poder, dinheiro, prestígio. Como o “drogadito” que necessita da droga, ele não pensa. Age só em busca de seu objetivo. Ele quer o objeto que imagina lhe trará a solução de todas as suas aspirações narcísicas. Ele apenas quer alcançar seu objeto de desejo por idealizá-lo. A droga trará a solução mágica de tudo, assim como para o corrupto o poder,o dinheiro, o prestígio, o salvarão de todos as dores e inseguranças que o viver traz para qualquer ser humano. Ele não prioriza e nem valoriza o aprender pensar, construir recursos, viver uma vida ética. Esses valores tornam-se para ele pueris e ingênuos. A palavra ética deriva do grego “éthiké”, derivada por sua vez de ethos que significa caráter, hábito, modo de vida. A eticidade constitui-se da formação do caráter de cada indivíduo.

 

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