O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, são investigados pelo STF por corrupção. Se os inquéritos forem aceitos, se tornarão réus. Como réus, segundo decisão do Supremo, não podem permanecer na linha sucessória do Presidente da República.

Já no executivo, segundo o ‘protocolo Temer', ministro que se tornar réu será substituído. Tudo indica que Temer terá que fazer uma reforma ministerial, já que 8 ministros são alvos de inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin, do STF.

O que preocupa, no momento, é a enorme quantidade de processos no STF que imprime um ritmo lento. Como o STF vai dar conta de tanto trabalho?

Os políticos citados nas delações dos ex-executivos da Odebrecht contam com esta lentidão para conseguir manter o foro privilegiado se elegendo para mais um mandato em 2018. Querem empurrar goela abaixo dos eleitores a lista fechada. O resultado pode ser um tiro no pé e levar a uma fuga em massa das urnas.

O Congresso precisa, com urgência, ser renovado. Bem fariam os corruptos se renunciassem. Em outro país sérios, isso já teria acontecido. Mas aqui no Brasil os investigados por corrupção ativa e passiva permanecem recebendo altos salários e penduricalhos dos cargos, com verba indenizatória polpuda e foro privilegiado. Enquanto isso, quem faz de fato o país crescer anda de ônibus, come marmita e ganha salário mínimo.