O deputado Mauro Savi disse estar confiante num desfecho consensual entre os representantes dos policiais militares e o Governo do Estado, quanto à ameaça de aquartelamento por parte dos policiais, em suas diversas categorias, que reivindicam a reestruturação salarial da carreira, o que em alguns casos chega a 40% de reajuste. 

No fim da semana passada Savi acompanhou atento a uma reunião entre os representantes militares e o governo, na qual se adiou para amanhã (21) uma nova rodada de negociação, uma vez que o Executivo alega não ter disponibilidade financeira para atender à reivindicação da categoria. 

“O importante é que a negociação está aberta e o governador não se fechou para a conversa. O pedido é um direito da categoria e isso deve ser colocado na mesa junto com a realidade do Estado”, disse Savi, após conversa com o Comandante Geral da Polícia Militar, Nerci Adriano Denardi e com e com governador Silval Barbosa (PMDB). 

O deputado acha temerário, porém, que os homens da Polícia Militar iniciem um aquartelamento, uma espécie de paralisação branda, uma vez que eles são proibidos por lei, de deflagrarem greve, pois isso deixaria a população descoberta da devida proteção ostensiva da PM e também representaria uma imagem negativa para o Estado, há menos de 20 dias para o início da Copa do Mundo. “O que der para fazer tem que ser feito. Então a hora é de pedir aos dirigentes dos sindicatos a compreensão e ao governo para que respeite a tropa”, afirmou Savi. 

Porém um possível aquartelamento, ameaça explícita dos militares, tem deixado o governador Silval Barbosa preocupado. O receio é que Mato Grosso enfrente problemas semelhantes aos de outros Estados, como Pernambuco, onde os policiais cruzaram os braços e o caos tomou conta das ruas nos últimos dias, o que gerou profunda crise local na segurança pública, aumentando consequentemente os índices de violência.