O financiamento, pelo BNDES, de um porto de US$ 800 milhões em Cuba motivou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) a defender mais transparência e a apresentar projeto para extinguir o sigilo bancário de operações de empréstimo de instituições financeiras públicas que tenham como contraparte um país estrangeiro ou que conte com garantia direta ou indireta de outra nação.
Ele defendeu como condição de empréstimos de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que o país beneficiário esteja sob o regime democrático, para impedir que o dinheiro dos trabalhadores brasileiros sirva para estimular governos ditatoriais e corruptos. O senador disse que o Brasil já emprestou cerca de US$ 7 bilhões, a juros subsidiados, para investimentos em países como Cuba, Equador, Angola, Bolívia, Peru e Paraguai - valor que poderia ser investido em melhorias na infraestrutura do próprio país.
Alvaro Dias lembrou que a presidente da República, Dilma Rousseff, esteve em Cuba para inaugurar o Porto de Mariel, financiado pelo Brasil, enquanto os produtores brasileiros começarão a colher a safra de soja neste mês e sofrerão para escoar a produção por causa de falta de ferrovias e pelas péssimas condições de rodovias e portos.
- Transparência absoluta, publicidade dos atos. São recursos públicos - pregou.
