Durante reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), na manhã de hoje (18), o deputado Dilmar Dal Bosco afirmou que a proposta de recomposição salarial de 10% aos professores da rede pública estadual é justa, mas impossível de ser concedida, devido a facilidade com que o Executivo Estadual negociou com as outras categorias de servidores.
Segundo o democrata, a aceitação desses percentuais apresentados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) poderia resultar em desajuste fiscal e atrasos salariais.
“Desde o início de seu mandato Silval Barbosa vem enfrentando uma série de greves e paralisações de várias categorias de servidores, sendo que algumas dessas tiveram aumentos acima da média nacional, comprometendo a folha e, agora, inviabilizando o reajuste real dos professores”, criticou Dal Bosco.
Dilmar afirmou que a recomposição solicitada pelos professores comprometeria a folha salarial do Estado, que vai oferecer uma contrapartida de 7% até o final da semana. Ele explica ainda que os valores a serem reajustados foram elaborados em consonância com a Assembleia Legislativa e devem ser pagos em duas parcelas, sendo a primeira em janeiro de 2014 e a segunda em dezembro do mesmo ano, mas a inflação do período.
“O Sintep apresentou como reivindicação 10,41% de ganho real em sete anos. O governo acena com 7,18% em 10 anos, para evitar um colapso na folha de pagamento”, explica o deputado.
O democrata esclarece que o reajuste proposto pelo Executivo causará, em um período de dez anos, impacto superior a 1 bilhão de reais na receita, valor que, segundo ele, está bem aquém da arrecadação Estadual, que já tem pelo menos 120% de sua principal fonte, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), comprometido com a folha de pagamento.
