Assim que o recesso parlamentar acabar, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) quer discutir mais o programa Mais Médicos. “Acho que agora nesse recesso poderemos refletir um pouco melhor sobre a proposta do Governo em relação ao Programa Mais Médicos, e pensar que precisamos sim ter mais recursos para a saúde, ter uma carreira para os profissionais, e que os localize de forma definitiva nas cidades mais longínquas, e que isso seja uma vantagem para o profissional, que realmente isso seja um mercado de trabalho atraente e não um castigo ou uma obrigação”, disse. O programa é alvo de protestos de médicos e tende a ser um dos maiores temas de debate no Congresso no segundo semestre. O governo já enviou medida provisória e parlamentares já apresentaram mais de 500 emendas ao texto.

Grandes absurdos

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) também atacou o programa. “Os absurdos são tão grandes que começam, primeiro, pela inconstitucionalidade da obrigação de um serviço de dois anos, quebrando princípios constitucionais básicos. Segundo, o modelo é autoritário, porque invade a independência das universidades e altera a grade curricular das universidades brasileiras e dos cursos de Medicina. Depois, aprofunda-se a diferença entre o setor público, do ponto de vista da qualidade do serviço médico, e o setor privado. Terceiro, porque é ineficaz, pois as alterações propostas para os cursos de Medicina só vão produzir resultados concretos em 2021, porque elas começarão a ser implementadas a partir de 2015”, criticou.

Incentivo por árvore

Projeto de lei que permite ao Senado deliberar sobre projeto destinado a instituir o selo Árvore do Bem, a ser conferido pelo governo federal aos municípios que tenham em área urbana, no mínimo, uma árvore por habitante, se encontra na Comissão de Meio Ambiente e Defesa do consumidor e Fiscalização e Controle, onde aguarda emendas.

As árvores  deverão ser plantadas preferencialmente espécies nativas, em vias, praças e demais logradouros públicos, excluindo-se as localizadas em áreas privadas, nos parques e nas demais unidades de conservação situadas na área urbana.

CURTAS

Enquanto os parlamentares desfrutam o recesso branco, sem sessões deliberativas até agosto, o governo já pensa na extensa pauta que terá pela frente na volta dos trabalhos. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) está entre as preocupações, já que no final do mês que vem o governo precisa enviar ao Congresso a proposta orçamentária que é feita com base na LDO.

O deputado Rubens Bueno,do Paraná, líder do PPS na Câmara  avalia o cenário para a oposição, no ano que vem. “ É muito favorável”. Bueno afirmou que a pesquisa, que revelou uma queda de 28 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff para o pleito de 2014, reflete um cenário de profunda insatisfação da população com o governo petista, que ele classificou de “frágil” e de “distante da realidade”.