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09/03/2025 - 07:32 | Atualizada: 12/03/2025 - 12:50

Moraes envia à PGR defesas de 19 denunciados por tentativa de golpe

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou, neste sábado (8), para a Procuradoria-Geral da União (PGR) as manifestações de defesa apresentadas por denunciados no inquérito sobre a trama golpista.

O prazo de 15 dias para a entrega da defesa por escrito começou a contar no dia 19 de fevereiro, quando a maioria dos acusados foi notificada sobre a denúncia, e venceu às 23h59 desta sexta-feira (7).

A PGR, por sua vez, terá cinco dias, a contar a partir da próxima segunda-feira (10), para se manifestar sobre os argumentos apresentados pelos advogados dos denunciados.

Denunciados

Um dos documentos enviados por Moraes à PGR traz a defesa de denunciados do núcleo que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de sua gestão. São eles:
  1. Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  2. Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Brasil;
  3. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  4. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
  5. Mauro Cid; ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  6. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  7. Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Moraes também encaminhou à PGR as defesas de integrantes de outro núcleo, que inclui os seguintes denunciados:
  1. Bernardo Romão Correa Netto;
  2. Cleverson Ney Magalhães;
  3. Estevam Cals Theophilo Gaspar der Oliveira;
  4. Fabrício Moreira de Bastos;
  5. Hélio Ferreira Lima;
  6. Márcio Nunes de Resende Júnior;
  7. Nilton Diniz Rodrigues;
  8. Rafael Martins de Oliveira;
  9. Rodrigo Bezerra de Azevedo;
  10. Ronald Ferreira de Araújo Júnior;
  11. Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros; e 
  12. Wladimir Matos Soares

Julgamento

Após a entrega das defesas, o julgamento será marcado pelo STF. O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. 

O colegiado é composto por Moraes, relator da denúncia, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros denunciados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.
 
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