31/07/2024 - 12:38 | Atualizada: 31/07/2024 - 19:56
Aeronaves com aeronavegabilidade vencida utilizam aeródromos privados em Mato Grosso para fugir da fiscalização aeroportuária. Além disso, têm realizado transporte de minério ilegal.
A Perícia Técnica (Politec) identificou uma das vítimas do acidente aéreo registrado no dia 23 de julho em uma plantação de eucalipto, próximo ao Aeródromo Bom Futuro, em Matupá (685 km de Cuiabá). Trata-se do colombiano Jorge Yamil Carrillo Moreno, de 35 anos. A segunda vítima ainda não foi identificada.
O jato executivo Learjet, modelo 35, prefixo PP-ERR, não tinha autorização para voar, segundo informado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e estava com o certificado vencido.
Informações da imprensa local informaram que a aeronave passou por reparo no trem de pouso no aeródromo e caiu após decolar. Os detalhes que precederam a queda não foram divulgados. Não há informação, até o momento, se transportava alguma carga ilegal.
Dois dias depois, uma segunda aeronave, prefixo PT-EIB, também com a documentação vencida e sem autorização para operar como táxi aéreo, fez um pouso forçado próximo ao Aeródromo Bom Futuro, em Cuiabá, capital de Mato Grosso. Ao atender a ocorrência, o Ciopaer localizou 8 kg de ouro. Segundo o piloto, que teve a prisão decretada, o pouso seria realizado no Aeródromo Bom Futuro, mas, por falta de combustível, precisou fazer um pouso forçado em uma pista clandestina nas imediações.
A Polícia Federal em Cuiabá confirmou que o ouro apreendido, avaliado em mais de R$ 3 milhões, foi extraído ilegalmente no Pará. O caso é investigado sob sigilo. Ainda não se sabe para quem o minério seria entregue.