Golpista que matou o pai para receber seguro é preso se passando por médico e empresário de sucesso
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 5ª DP, cumpriu, nesta terça-feira (23), dois mandados judiciais no âmbito de uma investigação iniciada após uma denúncia de estelionato.
A Operação Venastus Dolo resultou na prisão preventiva de Nilbert Meira de Oliveira,de 35 anos, e na busca em um endereço relacionado a uma possível integrante da associação criminosa. Também foi realizado o bloqueio de R$ 400 mil nas contas dos investigados.
A investigação começou após uma denúncia de estelionato. O suspeito conheceu a vítima em um evento, se apresentando com uma identidade falsa.
Ele possui um histórico criminal extenso, incluindo homicídio qualificado. Em 2014 ele matou o próprio pai para obter o dinheiro do seguro de vida. Ele também tem um longo histórico de estelionatos, utilizando identidades falsas para enganar vítimas e obter vantagens financeiras.
Crimes e Envolvimento
O suspeito costumava se passar por um grande empresário, investidor e pessoa de grande influência, sempre ostentando riqueza em festas, bares e eventos na capital. Entre os casos de estelionato cometidos por ele estão: Durante a busca e apreensão os policiais constataram que ele também se passava por médico.
• 23/12/2022: A vítima relatou que o suspeito, seu ex-namorado, a perseguiu utilizando identidade falsa. Ele já havia sido preso anteriormente por matar o pai da vítima.
• 06/01/2023: A vítima foi convencida pelo suspeito, sob falsa identidade, a investir dinheiro. Ele prometeu retornos financeiros que nunca foram cumpridos.
• 13/02/2023: A vítima relatou que o suspeito a ameaçou pessoalmente e por meio de mensagens após uma transação comercial malsucedida.
• 21/03/2023: A vítima manteve um relacionamento com o suspeito, que a convenceu a fazer vários empréstimos sob a promessa de retorno financeiro.
Detalhes da Operação
Durante a investigação, foi identificado que o suspeito utilizava diversas identidades falsas e frequentemente mudava de endereço para evitar a captura.
Segundo a PCDF, ele se associou com outras pessoas para cometer crimes financeiros e lavar dinheiro.
Crimes Investigados
• Estelionato Qualificado: Utilização de identidade falsa para induzir a vítima a erro e obter vantagem econômica ilícita. Pena máxima: 8 anos de reclusão.
• Associação Criminosa: Organização de um grupo para a prática de crimes financeiros. Pena máxima: 3 anos de reclusão.
• Lavagem de Capitais: Ocultação e dissimulação de recursos obtidos ilegalmente. Pena máxima: 10 anos de reclusão.
• Violência Patrimonial e Psicológica: Utilização de relação afetiva para obter vantagens econômicas ilícitas, conforme definido pela Lei Maria da Penha.
• Ameaça: Envio de áudios ameaçadores à vítima. Pena máxima: 6 meses de detenção.
A soma das penas máximas para os crimes mencionados totaliza 21 anos e seis meses de reclusão.
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