Pacientes esperam mais de 8h por atendimento na UPA Verdão
Um vídeo que circula nas redes sociais tem causado indignação de cidadãos e políticos da oposição à gestão de Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá.
Gravado na última segunda-feira (20-06) à noite, registra o desespero dos pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Verdão, em Cuiabá.
No saguão lotado um paciente passa mal e cai. Outros pacientes tentam ajudá-lo, mas ele não tem força para se manter em pé. O vereador Dilemario Alencar (Podemos) denunciou a situação na Câmara Municipal. Os vereadores que apoiam o prefeito Emanuel Pinheiro minimizaram as reclamações dos usuários, enquanto os da oposição indignaram-se, reproduziram o vídeo compartilhado nas redes sociais com a lamentável cena.
"Como já denunciei diversas vezes, o caos nas unidades de saúde aumenta a cada dia. É revoltante! Pessoas estão agonizando! Devido a poucos médicos, pessoas como crianças, jovens e idosos ficam mais de 8 horas esperando atendimento", disse o vereador Dilemário Alencar.
"Esse vídeo mostra o que virou rotina na UPAs e Policlínicas.
O prefeito sabe disso e nada faz, mesmo a secretaria de saúde tendo mais de R$ 1 bilhão de orçamento. Peço em nome dos cuiabanos socorro ao Ministerio Público! Esse prefeito tem que ser punido e obrigado a aplicar o dinheiro da saúde de forma honesta e com competência. Basta de tanto sofrimento", cobrou Dilemário.
Segundo a vereadora Michelly Alencar (UB), o município alega estar administrando as UPAs apenas com recursos municipais e que os recursos federais não foram liberados. A vereadora esclareceu que esta situação revela a má gestão de Emanuel Pinheiro, pois o município não providenciou a documentação exigida pela União, por isso o dinheiro não chega. "O problema é a má gestão. Se tivessem providenciado a regularização a tempo... acabou de ser regularizado agora em maio... se há um ano isso não foi feito... o MPF tem agora 90 dias para fazer o aporte financeiro".
Ainda segundo a vereadora, "o problema hoje é tratar esse pedido, esse grito de socorro da população não com leviandade, com responsabilidade, com humanidade, não é possível que nossa visão esteja tão endurecida pra achar isso normal."
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