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18/05/2022 - 17:59

TCU vai entrar no debate para defender as urnas eletrônicas

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai entrar no debate de defesa da segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas, num momento em que o presidente Jair Bolsonaro aumento o tom, novamente, contra o sistema eleitoral brasileiro. As informações são do blog do Valdo Cruz.

Na sessão de hoje, o tribunal vai fazer um balanço da auditoria em curso no TCU sobre as urnas eletrônicas. A apresentação será feita pelo ministro Bruno Dantas, responsável dentro do tribunal pela auditoria do sistema eleitoral brasileiro.

A auditoria tem cinco fases. Duas já foram realizadas e, segundo o balanço a ser apresentado, até agora não foi encontrado nenhum problema que pudesse alterar o resultado das eleições.

Dantas distribuiu aos ministros um comunicado sobre o que já foi feito até agora. No documento, o ministro anota que os técnicos do tribunal acompanharam os recentes Testes de Segurança Pública feitos pelo TSE.

Segundo ele, na primeira fase do teste, “26 equipes de investigadores realizaram 29 planos de ataques, com tentativas de alteração do software da urna, mudança do resultado da eleição ou violação do sigilo do voto. Cinco ataques tiveram algum tipo de achado relevante, porém nenhum com o condão de alterar os votos ou afetar sua totalização”.

Em seguida, Dantas relata que, na segunda fase de testes do TSE, “os investigadores responsáveis pelos cinco planos de ataques bem-sucedidos fizeram novos testes e validaram as soluções desenvolvidas pela equipe técnica do TSE”.

O ministro acrescenta ainda que “ficou configurado que os pontos de fragilidade encontrados pelos investigadores foram corrigidos e o sigilo do voto e da totalização da apuração não foi violado”.

Segundo apurou o blog, o tribunal quer demonstrar que está ao lado do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na defesa das urnas eletrônicas no Brasil, seguindo os passos do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem se colocado como uma voz que se contrapõe ao presidente Bolsonaro quando ele ataca as instituições do país e o sistema eleitoral brasileiro.

Os ministros do tribunal lembram que, segundo o artigo 71 da Constituição, quem faz o controle externo no Brasil é o TCU e não as Forças Armadas. Por isso, a auditoria em curso sobre as urnas está sendo realizada pelo tribunal. E não pelas Forças Armadas, como chegou a sugerir o presidente Jair Bolsonaro.

 
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