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12/05/2022 - 17:16 | Atualizada: 13/05/2022 - 11:47

A realidade vai dificultar o discurso da oposição em Mato Grosso, diz Julio Campos

Em entrevista para o Caldeirão Político o ex-governador Júlio Campos (União Brasil) afirma que no momento o governador Mauro Mendes não tem adversário para as eleições de 2022.

Julio Campos enumera diversas ações do governador no comando do Palácio Paiaguás. 

Com o fim da janela partidária e das filiações para aqueles que pretendem disputar o pleito de outubro próximo, já é possível enxergar, de forma clara, os pré-candidatos majoritários que provavelmente buscarão o voto do eleitor mato-grossense daqui a seis meses. Se fala em dois ou três candidatos da oposição. So que até agora ninguém mostrou a cara. Alguns ainda não definiram para qual cargo majoritário deve concorrer.

Numa situação um pouco mais confortável do ponto de vista político/eleitoral, Mauro Mendes trabalhou bem essa primeira etapa de composição partidária. Aliás, saiu muito à frente dos seus adversários. Além de se beneficiar de toda estrutura partidária que lhe deu a fusão do seu partido, o DEM, com o PSL, Mauro Mendes soube transitar junto às principais forças políticas do Estado e construir, indiscutivelmente, a maior aliança até o momento para disputar a sua reeleição. Já são ao menos 08 partidos que declararam apoio ao governador e a maioria dos prefeitos envolvidos no seu projeto.

A oposição, por seu turno, ainda busca a construção de um discurso que seja capaz de sensibilizar o eleitor a acreditar no seu projeto e que se sustente na realidade. Não há, é bom que se frise, pelo menos nesse primeiro momento, sequer um acordo tácito das forças oposicionistas a Mauro Mendes que leve a crer na formação de uma frente ampla para enfrentar o atual governador. Por enquanto, o que se ouve é o discurso ensaiado e genérico, o que convenhamos, nem de longe é capaz de suscitar legitimidade factual para a troca do governo.

O fato é que a oposição mato-grossense terá muita dificuldade para emplacar o discurso de mudança. Isso soaria muito mais como um apelo ao retrocesso do que avanço administrativo. A bem da verdade, Mauro Mendes assumiu, em 2019, um governo comprometido do ponto de vista fiscal e financeiro. As contas públicas estavam deterioradas, com rombos, folhas de pagamento em atraso, vinculações das saúde e educação negligenciadas, uma legislação inchada pela inconstitucionalidade e índices fiscais muito acima do que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não obstante toda dificuldade, a gestão Mendes conseguiu restabelecer o equilíbrio fiscal e financeiro, conteve, com a implantação do compliance público, principalmente, os escândalos de corrupção que permeavam a administração pública estadual, reduziu os índices de criminalidade em mais de 70%, regionalizou a saúde estadual a partir da entrega de unidades policlínicas, estadualização e construção de hospitais nas várias regiões do Estado, avançou nos índices da educação com investimentos que superaram acima do mínimo constitucional e criou o maior volume de programas sociais da história de Mato Grosso.

A oposição vai enfrentar um candidato que foi capaz de responder com responsabilidade e atitudes pensadas no ser humano as consequências acarretadas pelas dificuldades fiscais e financeiras herdadas da gestão anterior, agravadas pela grave pandemia que tomou Mato Grosso e o mundo nos últimos dois anos. Nesse ínterim, a oposição terá dificuldade para encontrar o tom de um discurso que possa convencer o eleitor a autorizar mudanças nos rumos da gestão estadual.



 

 
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