O jornal O Globo publicou hoje que as Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de um medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil. O remédio é popularmente conhecido como Viagra.
Dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal mostram que oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. As informações obtidas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) mostram que os processos de compra foram homologados em 2020 e 2021 e seguem válidos neste ano.
Nos processos de compra, o medicamento é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior volume, de 28.320 comprimidos, tem como destino a Marinha. Outros cinco 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica.
Sobrepreço
Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) disseram que vão acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que o órgão apure se houve superfaturamento na compra de Viagra para as Forças Armadas. Segundo levantamento de dados dos parlamentares, o índice de sobrepreço pode chegar a 143%.
A Marinha e a Aeronáutica afirmaram à coluna de Bela Megale que o remédio é usado nas unidades militares para tratar pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).
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