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29/11/2012 - 08:09

Encontro da indústria em Brasília

 Nos dias 5 e 6 de dezembro, representantes da indústria e do governo  vão se reunir em Brasília para a 7ª edição do Encontro Nacional da Indústria. No centro das discussões, o futuro da indústria no Brasil. Lá os participantes também discutirão as deficiências da infraestrutura  brasileira, as reformas estruturais como a tributária e a trabalhista e a competitividade da indústria nacional. A comitiva do Rio  Grande do Sul, encabeçada pelo presidente da Federação de Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, será de 66 pessoas, entre empresários e representantes de sindicatos.

Problema de competitividade

Heitor Müller aponta o grande problema da indústria nacional: a falta de competitividade. Os altos custos de produção, a legislação que dificulta, a infraestrutura deficiente e os vários problemas de logística que fazem os produtos brasileiros terem uma desvantagem em relação aos de outros países. Mas pelo menos, segundo ele, as coisas tendem a melhorar em 2013. “Na questão da infraestrutura, os anúncios do governo federal de investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos já estão em andamento e vamos ver os maiores resultados no ano que vem. E a questão tributária também gera esperança, principalmente com essa questão do ICMS”.

Depende de fora

Mas, de acordo com Müller, a questão da competitividade da indústria brasileira não depende apenas do Brasil. “Isso é um problema internacional. Alguns governos ajudam as suas indústrias com estímulos, incentivos, retorno de impostos, o que é difícil de reproduzirmos aqui dentro”.

Cérebro de obra

Outro problema apontado pelo presidente da FIERGS é a falta de capacitação do trabalhador brasileiro. De acordo com ele, o país perde bastante ao não inovar. E a culpa é o sistema educacional deficiente. “Nós Precisamos de mão de obra. Mas, mais do que isso, precisamos de conhecimento de obra, cérebro de obra”. Müller destaca que o país precisa de inovação.

Muitos órgãos

O Brasil tem muitos órgãos e muitas leis. E isso acaba travando a indústria. Essa é a opinião de Heitor Müller. “Está cada vez mais difícil, temos muito órgãos governamentais e em vários gabinetes são criados regras e disposições diferentes a cada dia que empatam a indústria e não se comunicam umas com as outras”, criticou.

Exigências da Rússia

A Rússia suspendeu o embargo a exportação de carne de três estados brasileiros. Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul poderão retomar a venda  para o país europeu se as empresas exportadoras se adaptarem as regras impostas pelo governo russo, entre elas um atestado de que os animais não receberam hormônios que promovem o crescimento.

 
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