Em duas ações, STF cobra explicações de Bolsonaro sobre intimidação a servidores da Anvisa e prescrição médica
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu 48 horas para o presidente Jair Bolsonaro prestar explicações sobre intimidação a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão ocorre após o presidente defender, em transmissão ao vivo na internet, a divulgação dos nomes de funcionários do órgão que aprovaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com uma dose reduzida da vacina da Pfizer.
Moraes analisa requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pede a investigação do presidente. Na última quarta-feira (22), o ministro do Supremo tinha ordenado que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestasse explicações. Dependendo das explicações, o magistrado decidirá se abre investigação ou se rejeita o pedido do senador.
Prescrição médica
Em outra decisão, o ministro Ricardo Lewandowski deu cinco dias para o governo explicar a decisão do Ministério da Saúde em condicionar a vacinação de crianças à emissão de prescrição médica. Lewandowski atendeu à arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), de autoria do partido Rede. A legenda pede que o governo ofereça vacinas a todas as crianças, independentemente da aprovação do médico.
O Ministério da Saúde abriu no dia 23 consulta pública para avaliar a vacinação em crianças. Por causa de instabilidades e do grande número de acessos, a consulta foi transferida para a plataforma Gov.br na tarde de sexta-feira (24).
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