Grampolândia: Chefe do protocolo da Casa Civil é afastado do cargo
A Polícia Civil, por meio da Força Tarefa Especial designada para apurar as interceptações ilegais em Mato Grosso, após operação em 2017, deflagrou na manhã desta quarta-feira (15.12), a Operação Reset, para cumprimento de dois mandados de busca e apreensão domiciliar e uma medida cautelar de afastamento de função.
Entre os alvos estão a servidora aposentada do Protocolo da Casa Civil Rosângela da Silva Oliveira e o chefe do setor, Rosinaldo Nunes de Almeida. Os mandados de busca e apreensão foram deferidos pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal, e foram cumpridos nas residências dos investigados. Não houve cumprimento de ordens judiciais em órgãos públicos.
As medidas buscam encontrar uma denúncia formal feita pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque, na época dos fatos, sobre o esquema de grampos ilegais no estado, descoberto em 2017, que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. O documento protocolado por Mauro Zaque, à época Secretário de Segurança Pública, continha a denúncia do esquema. O dossiê sumiu e o registro de protocolo foi alterado para encobrir.
Na operação desta quarta-feira, também foi solicitada a cautelar de afastamento contra o chefe do Protocolo da Casa Civil, que foi deferida pela Justiça. Além do afastamento da função dentro do órgão, a medida também impede o investigado de manter contato com os chefes do Governo anterior.
Os trabalhos coordenados pelos delegados, Ana Cristina Feldner, Romildo Nogueira e Renato Resende, contaram com apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI).
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