Ministro anuncia reajuste do Auxílio Brasil e fala em ''benefício transitório'' até dezembro de 2022
O deputado federal Marcelo Aro (PP-MG), relator do Programa Auxílio Brasil, acaba de afirmar à CNN Brasil que acredita que haverá um recuo do governo em relação ao valor mínimo de R$ 400 até a próxima segunda-feira.
Segundo o deputado, ninguém do governo explicou de onde sairá o recurso para bancar o programa sem estourar o teto de gasto.
O ministro da Cidadania, João Roma, em coletiva de imprensa, nega o viés eleitoral e populista, mas não revelou a fonte de recursos. O programa terá caráter permanente e deverá atingir cerca de 17 milhões de brasileiros. Roma afirmou que o reajuste médio para quem já está inserido no CadÚnico será de 20%. O ministro adiantou que o Auxílio Brasil respeitará todas as regras fiscais vigentes.
Além do reajuste de 20%, em caráter permanente, o governo quer pagar, entre novembro deste ano e dezembro de 2022, um "benefício transitório" para que cada família receba, no mínimo, R$ 400 mensais.#OLHO#
"Estamos estruturando um benefício transitório que funcionaria até dezembro do próximo ano e teria por finalidade equalizar o pagamento desses benefícios, para que nenhuma destas famílias beneficiárias recebam menos de R$ 400", disse.
É, claramente, uma medida populista, eleitoral, com o objetivo de melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que está em queda livre.
Ao comentar o anúncio do ministro, Marcelo Aras reiterou que não apoia, em nenhuma hipótese, que o programa estoure o teto de gasto. “Acho que vai ter algum recuo, porque eu não vejo de onde tirar”, acredita Aro. “Mas, sabemos que a equipe econômica pode achar uma solução. Mas estou aqui nessa expectativa. Mas acho difícil. Vai voltar a falar que vai ser no extrateto, o que eu não concordo, porque acho que uma política pública como essa tem que ser decisão do governo de priorizar em que investir”
Paulo Guedes
O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que governo deve pedir autorização para gastar R$ 30 bilhões fora do teto. É o chamado 'waiver', renúncia de regra, e ainda afirmou que "o compromisso fiscal continua".
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