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13/10/2021 - 14:15 | Atualizada: 19/10/2021 - 18:32

Medeiros se diz ''surpreso'' com filiação de Moro ao Podemos. Balela!

O deputado federal José Medeiros (Podemos), bolsonarista de carteirinha, disse para a Rádio Capital que foi 'pego de surpresa' com a notícia da filiação de Sergio Moro ao partido, noticiada pelo Blog do Magno Martins.

Segundo o deputado, “Álvaro Dias vinha tentando essa filiação, mas confesso que fui pego de surpresa com essa notícia. Vou esperar para ver, estamos bem antes da eleição e vamos tentar entender em qual candidatura que Moro vai sair, se será para presidente ou a Senado pelo Paraná. Ainda não conversei com o partido, então não dá pra fazer uma avaliação”.

Medeiros não foi pego de surpresa. Desde o ano passado a cúpula do Podemos trabalha para filiar e lançar a candidatura de Sergio Moro a Presidente da República. Moro deve oficializar em novembro a decisão. Ele deve mesmo disputar a Presidência, para desespero de Jair Bolsonaro e sua militância.

O próprio deputado se contradiz em seguida ao ser questionado se deixará de apoiar Bolsonaro. “Não, eu inclusive, avisei quando começou a discussão sobre a filiação do Moro, que eu continuaria a apoiar o presidente Bolsonaro, independente de qualquer coisa”.

O que os bolsonaristas ainda filiados ao Podemos devem fazer é seguir o líder, migrando para o partido que escolher. Isso se Bolsonaro não desistir da candidatura, considerando que sua popularidade está em queda livre. O presidente já confidenciou que se chegar a 15% não disputará a reeleição.

Assim como os bolsonaristas do PSL e DEM em Mato Grosso, os do Podemos devem migrar para uma sigla simpática ao presidente. Ou simplesmente deixarão de apoiar Jair Bolsonaro.

Leia também: Com o pé no Podemos, Moro fala em "sonhar o futuro com esperança"

Como no Brasil a ideologia partidária não significa nada para a maioria dos políticos, a troca de partido é frequente. Medeiros já passou pelo PSD e PPS, migrando para o Podemos em 2017, com o compromisso de apoiar a candidatura de Alvaro Dias à presidência.  Virou bolsonarista e nunca se preocupou com o posicionamento da cúpula nacional do partido. 


 
 
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