Bolsonaro recomendou tratamento precoce para Queiroga
O Presidente da República Jair Bolsonaro voltou a defender nesta segunda-feira (27) o tratamento precoce para infectados por covid-19, comprovadamente sem eficácia. Em solenidade de lançamento de linha de crédito na Caixa Econômica, o presidente reiterou preocupação "com a liberdade".
Criticou a rede de televisão CNN Brasil, sem citar o nome, "que demitiu um grande jornalista por causa de sua opinião". O Caldeirão Políticonoticiou a demissão do jornalista Alexandre Garcia, bolsonarista, que voltou a defender o tratamento precoce com cloroquina e azitromicina, o que é refutado por cientistas em todo o mundo, inclusive pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e OMS. Garcia foi desmentido ao vivo pela âncora da CNN e demitido no mesmo dia.
Em seguida o presidente questionou a eficácia das vacinas, afirmando que integrantes do governo e seu próprio filho Eduardo forma imunizados e, 'mesmo assim', contaminados.
“Não sou contra a vacina, mas nós respeitamos a liberdade. A vacina não pode ser obrigatória. Tereza Cristina tomou duas doses e tá em casa. O Bruno Bianco a mesma coisa. O meu filho, Eduardo Bolsonaro, a mesma coisa. Aliás, há uma grande incógnita nisso aí. Prato cheio para imprensa dizer que eu sou negacionista. É liberdade.”
A Anvisa, o Instituto Butantan, a Fiocruz e a OMS sempre deixaram claro que nenhuma vacina evita 100% a contaminação, porém reduz o número de casos graves e óbitos. O presidente prefere ignorar e insiste na não obrigatoriedade da vacinação.
Jair Bolsonaro relatou que visitou Marcelo Queiroga em seu quarto no hotel, em Nova Iorque, antes de embarcar para o Brasil. "Não vou dizer tudo que conversei com ele. Mas, me dirigi a ele e perguntei: você vai seguir o protocolo do Mandetta, vai esperar sentir falta de ar pra procurar um médico, ou vai partir para um medicamento outro qualquer agora? Não vou responder a vocês o que ele me disse".
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