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21/09/2021 - 17:04 | Atualizada: 24/09/2021 - 18:37

Exposto, Wagner Rosário ataca Simone Tebet e provoca ira dos senadores

Última a inquirir o ministro da CGU Wagner Rosário, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) acusou Wagner Rosário de omissão no episódio da tentativa de compra da Covaxin. Ela afirmou que o ministro da CGU atuou como se fosse advogado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao conceder entrevista coletiva em que negou irregularidades no contrato, que ainda era investigado pelo órgão.

— Ele [o depoente] não poderia ir numa coletiva com o ministro Queiroga e fazer uma defesa intransigente de um contrato irregular que estava em processo de investigação pela própria CGU. Lamento muito o papel que Vossa Excelência está fazendo, o desserviço para o país e com o dinheiro público. Vossa Excelência não é advogado do presidente da República ou do ministro da Saúde. Vossa Excelência não é nem um advogado na estrutura da CGU — criticou a senadora.

A senadora recapitulou todo o processo, passo a passo, comprovando a omissão do ministro da CGU, acusando-o de agir como advogado do presidente Jair Bolsonaro e não ministro de uma pasta cujo dever é agir proativamente para impedir que o Presidente da República e o Ministério da Saúde cometam crimes.

 

Após a exposição da senadora, Wagner Rosário passou a atacá-la. Disse que ela deveria reler todo o processo, "pois falou uma série de inverdades".

Tebet reagiu: "Não faça isso ministro, o senhor pode dizer que eu falei inverdades, mas não me peça para eu fazer algo como senadora da República".

O clima ficou tenso. Otto Alencar (PSD-BA) chamou Wagner Rosário de “moleque” e “pau mandado”. Em seguida, o ministro disse que Simone Tebet estava “totalmente descontrolada”.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE) disseram que Wagner Rosário é “machista” pelo ataque à parlamentar. Otto Alencar voltou à carga e chamou o ministro de “descarado” e “moleque de recado”. O titular da CGU rebateu: “Não vou responder em respeito à sua idade”.

Fora dos microfones, senadores chegaram a pedir a prisão de Wagner Rosário. Omar Aziz (PSD-AM) suspendeu a reunião da CPI.

— No momento em que mostramos todas as incongruências e [o ministro] não aguentou, passou para falas infelizes — disse a senadora, que não falou sobre a controvérsia se o ministro teria sido machista com ela.



Investigado
O presidente Omar Aziz (MDB-AM) anunciou que o chefe da CGU, Wagner Rosário, vai deixar a condição de testemunha para ser investigado pela CPI.
(Com informações da Agência Senado)
 
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