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05/10/2020 - 08:59 | Atualizada: 05/10/2020 - 16:50

É o réquiem do PT em Mato Grosso?

 O deputado estadual Lúdio Cabral, disse recentemente que o partido prefere ir sozinho do que mal acompanhado. Só que a teoria não é igual a prática, o partido precisa de alianças. O grande problema é a falta de uma liderança estadual com carisma, capital político necessário para vencer em Cuiabá. Nas duas eleições anteriores o nome do ex-juiz federal Julier Sebastião foi reprovado nas urnas, mas militantes petistas acreditam numa reviravolta diante do atual cenário local e nacional.

O PT está fadado a um funeral bem mais próximo do que se possa imaginar, tudo por causa da roubalheira na era Lula, descambando para Dilma. Os sinais disso estão claros nas pesquisas apontando cenários nos principais centros urbanos do País. 

Em Cuiabá, maior colégio eleitoral do Estado, por exemplo, o candidato com o carimbo da estrela petista, Julier Sebastião, espera empolgar. Maior partido de centro-esquerda do país, o PT chega às eleições 2020 sem governar nenhuma cidade entre as cem mais populosas do País.

Reprovado nas urnas
Em 2016, o PT enfrentava o recente impeachment da então presidente Dilma Rousseff e uma série de denúncias de corrupção, envolvendo inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fizeram o partido sentir nas urnas o peso de uma rejeição inédita. Ao todo, o PT elegeu 255 prefeitos, uma queda de 60% quando comparada a 2012, quando venceu 644 disputas. A única capital que conseguiu foi Rio Branco, com a reeleição de Marcus Alexandre. Mas ele renunciou em abril de 2018 para concorrer, sem sucesso, na disputa pelo Governo do Acre. Hoje a prefeita é Socorro Neri, filiada ao PSB.

Quadro sombrio
O PT ainda não faz projeções de eleições, mas a presidente Gleisi Hoffmann diz ter esperança de que o partido elegerá prefeitos em grandes cidades. "Das 96 cidades onde há possibilidade de segundo turno, temos candidatos em mais de 80. Em alguns locais com muita competitividade. Nós estimulamos nosso grupo a apresentar candidatos, a mostrar a cara, a se defender dos ataques", diz. O partido aposta em candidatos nas três maiores capitais do Nordeste: Marília Arraes (Recife), Luizianne Lins (Fortaleza) e Major Denice (Salvador). 

 
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