Imprimir

Imprimir Notícia

07/08/2020 - 17:12 | Atualizada: 07/08/2020 - 17:18

Jair Bolsonaro teme ser preso na Europa

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai evitar pisar em território europeu enquanto estiver na constância do mandato e, por óbvio, após deixar a Presidência da República.

Bolsonaro teme que países europeus, como a França, decretem sua prisão e o encaminhe para cumprir pena em Haia, Holanda, para aguardar julgamento.

Três questões tiram o sono de Bolsonaro:

 

1. o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL);
2. as queimadas e desmatamentos na Amazônia; e
3. a acusação de genocídio no trato da pandemia do novo coronavírus.

Não há nenhum ordem internacional de prisão para o presidente Jair Bolsonaro, por ora.

No entanto, há denúncias formais contra Bolsonaro no Tribunal Internacional Penal, de Haia, acerca de crimes contra a humanidade e genocídio no âmbito das políticas no enfrentamento da Covid-19.

 

A ação de Bolsonaro na Amazônia também foi considerada crime contra a humanidade (ecocídio) por juristas franceses e brasileiros, que levaram o presidente brasileiro à corte penal internacional em 2018.

Os franceses se irritaram com Bolsonaro quando ele se dirigiu desrespeitosamente à mulher do presidente Emmanuel Macron, chamando-a de feia, dentre outras barbaridades.

O caso Marielle foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), e mereceu manifestação do Sistema das Nações Unidas no Brasil.

 

A bronca mais recente contra Bolsonaro, em Haia, foi ajuizada por entidades brasileiras de saúde que representam mais de 1 milhão de trabalhadores.

Os países europeus são importantes para que aeronaves façam parada técnica e realizem reabastecimento. Nas viagens ao continente asiático, por exemplo, pela distância, a rota europeia é obrigatória para os voos comerciais e oficiais.

Por mais que Jair Bolsonaro diga que não teme nada, o caso do presidente sérvio Slobodan Milosevic sempre lhe vem à cabeça. Milosevic jurava que nunca seria presos pelos crimes contra a humanidade e pelo genocídio. No entanto, ele acabou preso e morreu na prisão –antes mesmo de conhecer a sentença.

 
 Imprimir