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01/02/2019 - 10:03 | Atualizada: 01/02/2019 - 10:40

Juíza acolhe ação oriunda de fiscalização in loco na Saúde que resultou na operação Sangria

Oito pessoas acusadas de fraudes em contratos na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, que foram alvos da operação Sangria, tornaram-se réus. A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal, acolheu denúncia formulada pelo MPE. A decisão foi dada nesta quinta-feira (31-01).

Segundo a denúncia, um grupo supostamente liderado pelo médico e ex-secretário Huark Douglas Corrêia teria atuado para dificultar contratos com empresas concorrentes em favor de empresas de sua propriedade. Huark também é acusado de ter tentado obstruir as investigações.

O grupo teria se aproveitado de influência política e cargos na saúde pública para monopolizar contratações de serviços das empreas Prox, ProClin, Qualycare e Prox.

Além de Huark, que seria sócio oculto da Proclin e da Qualycare, seriam membros da organização Fábio Liberalli Weissheimer (ocupante de cargos e funções públicas, sócio oculto nas duas empresas e sócio da 3-C-Critical Care Cuiabá Serviços Médicos Ltda), Celita Natalina Liberalli (mãe de Fábio e responsável pelo gerenciamento financeiro da organização criminosa), Adriano Luís Alves Souza (funcionário alçado à condição de sócio para ocultar a presença de outros membros do grupo e administrador das empresas), Luciano Correia Ribeiro (sócio das empresas ProClin, Qualycare e Prox), e Fábio Alex Taques Figueiredo (administrador da ProClin).

Também foram denunciados o ex-secretário-adjunto de Saúde Flávio Alexandre Taques da Silva e Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvea, funcionária da ProClin.

Operação Sangria
A operação Sangria foi deflagrada nos dias 4 e 18 de dezembro de 2018. As investigações basearam-se no relatório da CPI da Saúde presidida pelo vereador Abilio Brunini na Câmara Municipal. Esta, por sua vez, teve origem após coleta planilhas e documentos durante fiscalização in loco do vereador Abilio na secretaria de Saúde.

Foi por causa desta fiscalização e suas consequências que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, moveu Ação Direta de Inconstucionalidade (ADI) com objetivo de alterar a Lei Orgânica do Município e impedir que vereadores fiscalizem pessoalmente as repartições públicas.

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