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06/06/2012 - 06:12

MEC irá oferecer 2.415 vagas em cursos de medicina de instituições de ensino superior

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou na tarde desta terça-feira (5/6) a criação de 2.415 vagas em cursos de medicina de instituições públicas e federais de ensino superior, o que representa 15% das vagas disponíveis no Brasil. Mais de 55% são destinadas a universidades do Norte e Nordeste do país. “Nós temos uma oferta de médicos insuficiente para a população brasileira”, justificou o ministro.

Foram priorizadas também as instituições que ficam no interior e na periferia de grandes centros urbanos. Serão contratados 1.618 professores até o fim de 2013 para atender a demanda da expansão. Segundo o ministro, o investimento é de R$ 399 milhões e a manutenção do programa custará R$ 142 milhões por ano aos cofres públicos.

A meta do governo é ofertar todas as vagas até 2013, mas o ministro ressaltou que isso só ocorrerá se todos os requisitos forem atendidos pelas instituições de ensino superior. Eles precisam oferecer cinco leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por aluno atendido, e ter nota entre 3 e 5 na avaliação do MEC. “Não queremos pressa nem atropelo na formação na área da saúde”, afirmou Mercadante. “O Brasil não precisa apenas de mais médico, precisa de bons médicos.”

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a média de médicos a cada mil habitantes no Brasil é 1,8, atrás da de países desenvolvidos como Estados Unidos (2,4) e Reino Unido (2,7). Mercadante disse que, mesmo com a ampliação da oferta de vagas, o país não alcançará a média considerada ideal, de 2,5 médicos a cada mil habitantes até 2020. Ele informou, ainda, que quase 20% dos estudantes não atuam na área, ou porque desistem do curso, ou porque decidem não exercer a profissão.

O Maranhão é o estado que tem a menor proporção de médicos a cada mil habitantes, apenas 0,6. Nenhuma instituição do Distrito Federal será contemplado, pois os dados do MEC e do Censo de 2010 indicam que a região é a que tem a maior taxa, 3,7 médicos a cada mil habitantes.
 

 
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