Com a presença de governadores e prefeitos de capitais, a presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a liberação de aproximadamente R$ 33 bilhões para obras de saneamento e mobilidade urbana. Com isso, a presidenta cumpre promessa feita aos prefeitos, no encontro realizado em Brasília, em janeiro último e  atende a um dos principais problemas reclamados pelos executivos municipais e governadores que é a redução do nível de investimentos “responsável pela estagnação da economia”. O presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco também presente disse que “ os recursos vão beneficiar Estados e municípios,principalmente os mais carentes”.

O prefeito de Porto Alegre José Fortunati que participou do encontro, comemora o anúncio da liberação de R$ 169,5 milhões para saneamento. R$ 64,7 milhões serão destinados a três projetos classificados no grupo pavimentação e R$ 104,8 milhões para sete ações de esgotamento sanitário e abastecimento de água. O maior volume de recursos, R$ 86,2 milhões, será aplicado em obra do Departamento municipal de Água e Esgotos (Dmae) que permitirá a alteração do ponto de captação de água das estações de tratamento Moinhos de Vento e São João, que respondem pelo abastecimento de cerca de 50% da cidade. “Tínhamos a expectativa sobre os projetos, mas não sabíamos quando eles iam ser realmente realizados. Fomos contemplados com recursos para sete dos dez projetos, além de outros que foram uma bela surpresa”, disse. O governador Tarso Genro, afirmou que “com estes recursos faremos investimentos em tratamento de esgoto e abastecimento de água que irão superar todos os investimentos realizados na história do Rio Grande do Sul”. O estado recebeu R$ 1 bilhão.

 Novas Regras

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado no Palácio do Planalto, chega com nova modelagem pois facilita as parcerias do governo federal com governadores e prefeitos. Uma decisão da presidenta Dilma, irritada com as obras emperradas em todo o país. A partir de agora,com as mudanças de normas do programa, se as obras tiverem recursos previstos no Orçamento Geral da União, ficam dispensadas as contrapartidas de governadores estaduais e prefeituras.

Pavimentando o caminho

Com as decisões anunciadas, a pouco menos das eleições presidenciais de 2014,a presidenta Dilma Rousseff puxa para perto de si prefeitos e governadores,em especial, da base aliada e ao mesmo tempo faz diminuir a pressão nos caixas das cidades enquanto as negociações para troca  de indexador da dívida que passará a ser menos oneroso para a  as contas estaduais e municipais não avançam.

Canteiros de Obras

Uma das principais plataformas de campanha da presidenta Dilma, as obras de infraestrutura, são vitais para o reaquecimento da economia que vem sofrendo críticas constantes nos últimos meses. Sem a contrapartida de recursos, não haverá razões para  demora a liberação da verba.E com isso, o governo quer o país num grande canteiro de obras e também dará estímulo a cadeia produtiva de equipamentos e empregos,fazendo a economia sair da estagnação.

Ao mesmo tempo, Dilma não se descuida dos movimentos sociais e já anunciou à Confederação Nacional de Trabalhadores da Agricultura que vai acelerar o ritmo da reforma agrária que está muito devagar e tem sido alvo de critica permanente dos movimentos ligados ao campo.