Neste ano, o cantor, compositor, violonista e arranjador Dori Caymmi perdeu a irmã Nana Caymmi, reconhecida como a principal intérprete de suas canções. Ele, no entanto, afirmou que o convício com ela não “uma coisa assim extraordinária”.

Em entrevista à Folha, ele lembrou as declarações da irmã a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e as confusões que isso causava nas reuniões de família.

"Para te dizer de verdade, o que eu tenho saudade da Nana é do trabalho com ela. O convívio de irmão com irmã nunca foi uma coisa assim extraordinária. O pau sempre comeu. Porque ela tinha um gênio brabo, e eu não levo desaforo para casa. Nana era muito difícil. A cantora é uma amada. Essa é a parte que eu sinto falta", disse.

Briga em família

Ele e o irmão Danilo Caymmi criticaram as declarações de Nana a favor do ex-presidente, ressaltando que a irmã não saía mais de casa, era mal influenciada e tinha uma visão superficial do país. "A política separa as famílias", disse Dori, que apoiou os atos em defesa da democracia e da punição aos envolvidos na tentativa de golpe de estado:

"A extrema direita é um lixo", resumiu.

"Grande parte do Brasil é vendida ao celular, a esse negócio de enriquecer e dar golpe nas pessoas. Está muito sujo tudo. É por isso que o Trump está dando palpite para cá", afirmou se referindo ao presidente dos EUA, país em que vive desde 1989.