12/10/2025 - 12:02 | Atualizada em 12/10/2025 - 12:08
Raony Salvador
Um busto romano exposto no Museu Metropolitan, em Nova York, se tornou sensação entre brasileiros nas redes sociais. A escultura de bronze, feita há quase 1.800 anos, chamou atenção por lembrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A peça foi publicada por um perfil dedicado à Roma Antiga no Instagram, o Decimus Claudius, que costuma ter poucas curtidas em suas postagens. Desta vez, o resultado foi diferente: em poucos dias, o post ultrapassou oito mil curtidas e recebeu mais de 1.700 comentários, a maioria de brasileiros se divertindo com a semelhança.
O busto mostra um homem de barba cheia, cabelo curto e traços marcantes — coincidências suficientes para despertar a imaginação dos internautas brasileiros.
Nos comentários, os úsuarios apelidaram o personagem de Lulvs Romanvs, Ludovicus Ignatius e até Fazuelius. Outros adaptaram frases conhecidas do presidente, como “Nunca antes na história deste império”, e brincaram com o gesto do “L” de Lula, rebatizado de “faz o 50”.
A escultura original mede 22 centímetros e foi esculpida entre os anos 200 e 250 d.C., no período imperial tardio. Pertencia a uma coleção particular em Roma e foi comprada pelo Metropolitan em 1913. O museu descreve o busto como o retrato de um homem anônimo, de toga e expressão serena, sem relação conhecida com figuras históricas.
Quem foi Decimus Claudius
Nero Cláudio Druso Germânico, mais conhecido como Druso, o Velho, foi um dos grandes generais do início do Império Romano. Nascido em 38 a.C., era filho de Lívia Drusila e enteado do imperador Augusto. Pertencia à poderosa família dos Cláudios e tinha laços diretos com vários imperadores: era irmão de Tibério, pai de Cláudio, avô de Calígula e bisavô de Nero.
Apesar da origem patrícia, Druso também vinha de uma linhagem plebeia pelo lado materno. Cresceu em meio à elite romana e ganhou destaque ainda jovem pela disciplina e pelo talento militar. Augusto confiou a ele a missão de expandir o domínio de Roma além do rio Reno, em uma das campanhas mais ousadas da época.
Entre 12 e 9 a.C., Druso liderou as primeiras grandes incursões romanas na Germânia. Foi o primeiro comandante a alcançar os rios Weser e Elba e consolidar o avanço do império em direção ao norte da Europa. Em 12 a.C., venceu os sicambros e conduziu uma expedição naval no Mar do Norte, derrotando tribos como batavos, frísios e caúcos. Nos anos seguintes, conquistou os usípetes, marsos e catos, ampliando o controle romano sobre a região.
Em 9 a.C., já como cônsul, obteve vitórias sobre os matiacos, marcomanos e queruscos, mas morreu durante a campanha, aos 29 anos, após um acidente. Sua morte interrompeu o avanço romano na Germânia e foi lamentada até pelo imperador.
Druso deixou um legado de conquistas e abriu caminho para o futuro do império na Europa. Mesmo com uma vida curta, entrou para a história como o general que levou Roma além de suas fronteiras e inspirou seus descendentes a seguir a tradição militar da família.
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