Enquanto o centrão se expande, legendas tradicionais de centro tentam manter relevância política. O MDB, que atualmente governa três estados, planeja lançar candidatos em pelo menos oito. “Vamos com uma estratégia pé no chão, de mostrar que o MDB tem um diferencial por ser um partido de entrega, que tem gestão”, disse o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi (SP).
O partido aposta em nomes experientes, como o ministro dos Transportes, Renan Filho (AL), e vice-governadores que devem assumir cargos até o próximo ano, entre eles Gabriel Souza (RS), Hana Grassan (PA), Daniel Vilela (GO) e Ricardo Ferraço (ES).
O PSD, que recentemente ampliou sua base com as filiações de Raquel Lyra (PE), Eduardo Leite (RS) e Laurez Moreira (TO), prepara pré-candidaturas em dez estados. O partido também confirmou a filiação do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, movimento que fragiliza uma eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco. Outra aposta é o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que pode disputar a reeleição.
PT e PSB mantêm foco regional, PSDB e PDT encolhem
Na esquerda, o PT deve concentrar esforços nas reeleições na Bahia, no Ceará e no Piauí. O partido também lançou o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, como pré-candidato à sucessão de Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte e avalia nomes para o Rio Grande do Sul, com Edegar Pretto.
O PSB aposta na recondução do prefeito João Campos em Pernambuco e pode lançar candidaturas em São Paulo, com o ministro Márcio França, e no Distrito Federal, com Ricardo Capelli.
Já PSDB e PDT seguem em retração. Os tucanos, que perderam os três governadores eleitos em 2022, tentam se reestruturar e podem contar com Ciro Gomes, que negocia filiação para disputar o governo do Ceará. O PDT, por sua vez, deve lançar candidaturas em apenas três estados, tendo Juliana Brizola como principal aposta no Rio Grande do Sul.
Corrida antecipada e disputa por protagonismo
Com um cenário político já em ebulição e as principais siglas se movimentando nos bastidores, o mapa eleitoral de 2026 começa a ganhar contornos mais definidos. O centrão surge fortalecido, enquanto o PT e o PL tentam preservar bases e influência nacional.
As alianças regionais, os recursos financeiros e o desempenho dos governadores em exercício serão decisivos para o equilíbrio de forças no próximo pleito — que promete ser uma das disputas mais fragmentadas e competitivas desde a redemocratização.
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