06/10/2025 - 17:19
Redação
O clima entre os principais quadros políticos do bolsonarismo é de derrota total e absoluta depois da conversa por videoconferência realizada entre Donald Trump e Lula, na manhã desta segunda-feira (6). Os presidentes de EUA e Brasil, que já haviam “se esbarrado” no dia da abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, há duas semanas, ocasião em que o norte-americano disse ter “sentido uma química” com o mandatário sul-americano, falaram por cerca de meia hora a respeito de vários assuntos, com ênfase nas questões envolvendo o tarifaço imposto por Trump ao Brasil.
Parlamentares e outros satélites que orbitam o ex-presidente condenado pelo STF, ainda que reservadamente, sem que o desânimo seja tornado público, receberam a informação sobre o diálogo como um devastador banho de água fria já que, até o momento, o único trunfo que eles acreditavam ter era o posicionamento agressivo do líder da Casa Branca em relação ao Brasil, após a imposição de taxas para produtos exportados pelo país e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa.
Depois de serem informados sobre a conversa, foi o teor do diálogo, a forma como ele se deu e postura de Trump que terminaram de vez com qualquer positividade entre os bolsonaristas. Para começar, foi o presidente dos EUA quem pediu para efetivar o contato com Lula. Na sequência, o fato de os dois estadistas sequer terem tocado no nome de Jair Bolsonaro (PL) foi lido como um descarte do ex-mandatário de extrema direita, que já figuraria num patamar de esquecimento para a autoridade máxima dos EUA. Por fim, a postagem de Trump elogiando o diálogo, dizendo que “os dois países se darão muito bem” e que ele e Lula “se encontrarão num futuro não muito distante”, sacramentou o clima de velório entre essas figuras do bolsonarismo.
Nas franjas mais extremistas do movimento a tentativa foi de relativizar e diminuir a importância do que ocorreu nesta manhã. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está vivendo foragido nos EUA, seu principal aliado, o radical Paulo Figueiredo, e também o blogueiro procurado pela Justiça Allan dos Santos se movimentaram nas redes tentando “explicar” que, na verdade, a ligação teria sido negativa e que nada estaria em vias de mudança na cabeça de Trump, algo que aparentemente não tem conexão com a realidade.
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