O Ministério da Saúde confirma 195 notificações de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica até este sábado (4/10), segundo os dados enviados pelos estados. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Piauí notificaram os primeiros casos em investigação. Em todo o país, são 14 casos confirmados e 181 em investigação. Do total de registros, 162 são em São Paulo (14 confirmados e 148 em investigação).
Também há casos suspeitos nos seguintes estados:
- 11 em Pernambuco;
- 5 em Mato Grosso do Sul;
- 3 no Paraná;
- 2 na Bahia;
- 2 em Goiás;
- 2 no Rio Grande do Sul;
- 1 no Distrito Federal;
- 1 no Espírito Santo;
- 1 em Minas Gerais;
- 1 em Mato Grosso;
- 1 em Rondônia;
- 1 no Piauí;
- 1 no Rio de Janeiro;
- 1 na Paraíba.
Dessas notificações,
13 são de óbitos. Um óbito confirmado no estado de São Paulo e 12 estão sendo investigados (7 em SP, 3 em PE, 1 na BA e 1 no MS).
As notificações foram informadas até às 16h deste sábado (4) para o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).
Emergência médica
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.
Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).
Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
CIATox da sua cidade para orientação especializada
(veja lista aqui);
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país.
É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.